Pomodoro Technique

Na minha opinião, Pomodoro não é uma técnica para gestão pessoal de tempo, esta mais para controle pessoal do tempo, vejo como alternativa interessante para um último Sprint de um projeto de alta prioridade que esta com problemas ou que queremos garantir, talvez antecipar, é uma técnica reconhecida pelo foco e produtividade com qualidade, mas exige um pacto legal de time.
pomodoro

Acho que eu não nasci para a Pomodoro, acho meio burocrático, é como se usassemos um cronômetro durante a daily e cortássemos a palavra de alguém só porque chegou a 120 segundos, concordo com a idéia de ter a lista, de quebrar em lotes, de buscar intercalar com foco em trabalho e intervalos, mas usar o relógio de forma rígida lembra Taylor e Fayol (Tempos & Movimentos).

1. Lista – Cada um monta sua lista com as suas intenções para o dia, quer sejam tarefas da desenvolvimento, reuniões, questões administrativas, P&D, testes, documentação, etc. Não precisa ser super-completa, apenas faça a lista com o que é conhecido;

2. Pomodoros – O passo seguinte é quebrar a lista em lotes de 25 minutos cada, podendo ter um pedaço de uma tarefa ou mais de uma tarefa em cada lote. A cada lotes de 25 tem mais 5 min de “descanso”, cada 30 min é um Pomodoro;

3. Tempos – Nos 25 minutos de “trabalho”, não se usa Outlook, Twitter, Telefone, FaceBook, evita-se interrupções, etc, mas, os 5 minutos de “descanso” são só para o que não esta na lista … comunicação com o mundo;

4. Intervalos – A cada duas horas, equivalente a quatro pomodoros, tem-se mais 15 minutos de “descanso”, ou seja, um dia típico de trabalho poderia ser:

pomodoro-3

SONGDORO TECHNIQUE – O Daniel Wildt da Trevisan e WildTech idealizou uma variação muito mais divertida, inusitada, que é montar uma playlist com músicas que fechem os tempos desejados, com estilos diferentes para os momentos de trabalho e para os momentos de descanso, assim, com a ajuda do áudio adequado para cada pessoa, marcamos os tempos de forma descontraída.

blog.danielwildt.com/en-mixing-tomatoes-with-songs-thats-a-songdoro
http://www.pomodorotechnique.com/

5 comentários

  1. Acreito que essa tecnica se aplique muito bem a trabalhadores numa linha de montagem, que tenham de executar um trabalho repetitivo onde o foco na atividade é fundamental para garantir o cumprimento de metas e prazos. Mas na computação tenho minhas dúvidas que uma iniciativa destas de controle de tempo tenha alguma efetividade. Tentar não é crime, mas se funciona, tenho muitas dúvidas. Programação é um processo criativo, não se põem hora numa coisa dessas. Insights, tem a natureza da imprevisibilidade. Não existem soluções formatadas, exxistem padrões para implementar soluções, mas os problemas não tem soluções padronizadas … então tentar controlar o tempo a meu ver cria apenas um desconforto ao programador. Não digo que não existam pessoas dispersivas, mas até mesmo a dispersão pode gerar a fagulha que leva a solução do problema e isso não se obtem com um cronometro … Como eu disse tentar não é um crime, mas acreditar que isso funcione em escala … eu duvido!

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    1. Esta é uma técnica que é usada pelo programador por opção dele próprio, não tem como ser imposto, com tempo maior ou menor, já assisti palestras sobre ela e variações no Agile Brasil … Na pratica, fazemos isto ao natural quando a porca torce o rabo, procuramos focar, não nos distrair, a cada tanto ir tomar um café ou bater um papo, voltar e submergir … as vezes as coisas não saem como queremos e chega uma hora que tem que desligar o FaceBook, Twitter, Telefone, … e procurar dar o máximo de atenção e foco é a solução. Temos um colega que em dado momento colocou uma bandeira “ocupado” / “livre” para evitar interrupções, é verdade! Mas, como diz o post, acho que não precisa burocratizar isso, se necessário, tem é que fazer acontecer 🙂

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    2. Fabio, não estamos falando de contar movimentos, ou nada deste tipo. É uma forma de quebrar as tarefas que você tem para fazer. De se criar um ritmo.

      Uma tarefa para ficar pronta pode levar 4 pomodoros. Também conhecido como algo próximo a 2 horas. Em alguns times, acaba virando uma unidade de tempo e usado para fazer estimativas.

      Vale a experiência. Me ajuda muito quando preciso focar ou quando quero limitar minha dispersão. E quando estou programando me ajuda mais ainda para trabalhar dentro de baby steps e controlar a criação e execução de testes.

      Não entendi o funcionar em escala. E se a técnica criar um desconforto em quem a estiver usando, não é uma técnica boa de ser usada para esta pessoa no contexto em que ela estiver inserida.

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      1. Opa Daniel!

        Tche eu concordo que deve funcionar com algumas pessoas. Principalmente com pessoas que gostam de uma certa burocracia, ou daquelas mais dispersivas, mas que respeitam controle.

        E que funciona melhor com alguns tipos de atividades do que com outras.

        No entanto, o que eu acho é que essa burocracia de ciclos não combina com atividades criativas, não tem como interromper idéias, ou raciocinios, por que um ciclo acabou. Se tu vais dizer que pode ser flexivel e eventualmente não vais seguir a técnica aqui ou ali, então que técnica é essa.

        Mas no final o que vale é o resultado, seja com essa técnica, outra, ou até mesmo com o milagre que alguns fazem com muitos minutos de dispersão e poucos de atenção .. hehehehe.

        O que eu quis dizer com “escala” é justamente isso, acho que não funciona com muitas pessoas, mas com algumas.

        Abs.

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  2. Eu uso no meu dia a dia e as minhas playlists me ajudam a manter o foco quando preciso disto.

    Dependendo da atividade que estou fazendo, exemplo exploração, não quero me limitar em ciclos de tempo. Mas uso a técnica principalmente quando preciso focar. Me ajuda a manter o ritmo. E sei de dali algum tempo terei tempo para dispersar.

    Vale a tentativa. Mas é o que o Jorge falou. Não é para qualquer um. E não serve para qualquer contexto.

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