Agile Games, Team Building Games, IceBreakers, WarmUps

Jogos não são só para lazer, eles também são para lazer, mas são muito mais que isso. Jogos tem a missão de aproximar, de levantar e baixar barreiras. Servem para ensinar, aprender, para fixar, focar ou amplificar, deveriam ser mais usados nas empresas, mas muitas empresas veem funcionários como pessoas que estão ali para trabalhar, não para se conhecerem, menos ainda se divertir, isto seria perda de tempo (de trabalho).

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Muito antes e além do livro Gamestorming dos autores Dave Gray, Sunni Brown, James Macanufo, empresas visionárias já utilizavam jogos para incentivar a produtividade, promover desbloqueios criativos e a inovação e quebrar a rotina. Este post NÃO é sobre mesas de pebolim, sinuca, um PS ou xBox em salas de descompressão, essa é apenas a pontinha do iceberg.

Quem acredita nesta abordagem já ouviu e entende o conceito de aprendizado vicário, o quanto um jogo bem conduzido pode desenvolver senso de time, pode brincando ensinar ou destacar falhas que podem custar muito tempo e dinheiro para contornar. Sou escoteiro, logo é de se esperar que tenha uma crença muito forte no poder pedagógico dos jogos, essa abordagem remove montanhas.


Palavras de ordem, bordões e incentivos não formam times, times são formados por pessoas e é preciso algo mais que tarefas técnicas para gerar empatia, sinergia e alta performance. Desenvolvimento humano, desde seu aspecto individual, coletivo ao organizacional, envolve relacionamento e não discurso. Discurso pode mostrar o caminho, mas o mindset e zona de confortos trarão todos para fazer mais do mesmo.

Para quebrar paradigmas e mudar modelos mentais, diminuir o stress da mudança, mas acima de tudo fomentar que nossa gente se veja como gente. É comum em implantações ágeis haver conflitos e culpabilidades fúteis ou desnecessárias, alguém que acha que o outro fez de propósito … muitos jogos chamados de Team Buildings, IceBreakers e Warm’Ups nos ajudam a quebrar o gelo e fazer com que as pessoas se desarmem ao conhecerem-se um pouco mais.

Há é claro Agile Games que aportam muito conhecimento de técnicas, boas práticas, artefatos e regras, são games sofisticados criados para este fim, como o Mexendo com o fluxo, alfabeto perdido de macondo, extreme hour, aviões 2.0 e Scrumia, bamboo challenge, construindo cidades, …

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Mas há jogos divertidos e rápidos, tão importantes quanto os Agile Games, que possuem função tão relevante quanto os maiores, pois ajudam a trazer a atenção para aquilo que queremos tratar, geram vínculos, fazem a galera estar de corpo e alma na quele momento e local.

Antes de iniciar uma retrospectiva, um mini-evento ou reunião mais extensa ou muito importante, que tal mostrar para o cérebro de todo mundo que o que vai rolar é diferente e merece toda a atenção e comprometimento. Alguns se surpreendem em ver aquele cara ranzinza sorrindo e participando.

Já falei de vários destes jogos por aqui, há uma infinidade deles na web, pode-se procurar por variadas formas, como Agile Games, Team Building Games, IceBreakers, Warm’Ups, Group Games, … com um pouco de pesquisa se acha textos explicativos, fotos e muitos vídeos de equipes “trabalhando”.


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Se você é discípulo de Taylor e Fayol e chegou até esta frase, parabéns, pois deve estar sendo difícil ler isso tudo e não ficar pensando: “Esse cara deve ser comunista ou hippie, eu não pago salário para as pessoas serem felizes ou se verem como gente, eu pago salário para fazerem software, se quiserem se divertir, gerar sinergia, eles que vão beber cerveja depois do horário ou jogar futebol.”

A frase que eu uso é que não tem sentido trabalhar sem ter vontade de fazer o que fazemos com quem fazemos … e isso é possível. Somos diferentes sim, não somos um grupo de amigões, somos um grupo de profissionais unidos pelo destino naquela equipe, é preciso nos vermos como somos, nas diferenças e achar os caminhos para nos tornarmos um time de alta performance.

Quarta-feira que vem tem um evento inteirinho dedicado a esta ideia, inscreva-se no GUMA Agile Games Night e venha ao TecnoPUC aprender alguns jogos e como abordá-los em seus times para alavancar mais produtividade e satisfação em trabalhar com seus colegas.

2 comentários

  1. Concordo em gênero, número e grau! Jogos são muito mais importantes do que a maioria percebe. Com jogos emulamos situações potencialmente reais, sem os riscos impostos pela realidade. Jogos são excelentes para explorar conceitos e idéias, para treinar, experimentar a consequência do erro e aprender com ela, sem pagar o preço por errar.

    Não é à toa que crianças brincam, muitas vezes, fingindo ser adultas. 😉

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    1. Fábio, acho que tendo um pouco de paciência é possível encontrar polo menos um bom Agile Game vinculado a cada grande nome da comunidade ágil. Lembrando que o termo “game” não é relativo a jogo, mas a dinâmicas de grupo, divididas em várias categorias. Tenho certeza que brincar fazem adultos resgatarem o lúdico, a curiosidade e interesse em aprender das crianças.
      [ s ]

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