Startup Thinking / Startup Quest

A história da humanidade é feita de kaizen (movimentos evolutivos contínuos), kaikakus (saltos revolucionários) e Kakushins (transformação disruptiva). O pensamento enxuto para inovação em negócios, produtos e serviços foi consequência não de uma ou outra ideia, método ou abordagem, mas evolutivamente pela combinação de várias delas.

A revolução industrial, dividido em fases simplistas, reduzidas a tecnologia aplicada, não tem condições de explicar como aqui chegamos, posto haver aspectos humanos, mercado, … que completam uma visão do todo que justifica cada passo. Sem falar em aspectos ainda mais amplos como cultura em evolução, política, direitos humanos e muito mais.

Inspiradas no Lean Production System e no programa de qualidade total japonês do pós-guerra (WWII), as décadas de 50 a 90 foram terreno fértil para novas práticas e técnicas industriais, que viriam cumulativamente influenciar nos anos 80 e 90 o que foi conhecido como métodos leves (light weight) para desenvolvimento de software.

Desde o artigo seminal “The new new product development game” de Takeushi e Nonaka (1986), definiram-se métodos e abordagens light weight que culminaram com o antológico “Manifesto Ágile para Desenvolvimento de Software” de Fev/2001 em Salt Lake City, Utah. De lá para cá, tudo o que hoje conhecemos e disseminamos se mesclou, gerou sinergia e tração.

MODELO DE COMBINAÇÃO

Toolbox – Dezenas de metodologias, abordagens e frameworks disputando espaço em um mercado globalizado, competitivo, empreendedor e inovador. Para entrantes, uma questão de sobrevivência, constituindo uma nova categoria de empreendimentos: Startups! Empresas nascentes correndo contra o tempo para provar seu valor e escalar exponencialmente.

Por volta de 2012 o Gartner entrou forte no jogo, um período de efervescência em que grandes grupos e empresas multinacionais descobriram no modelo Pace Layered, na TI Bi-Modal e no modelo de combinação (DT+LS+Agile) um caminho para competirem “de igual para igual” com fintechs, healthtechs, edtechs e outras startups que ganhavam mercado em ritmo alucinante.

O modelo de combinação, diferentes abordagens que individualmente já haviam provado seu valor, mas, em sinergia transformaram a forma que pequenos, médios e grandes pensam e atuam. O mau entendimento de um senso sincrético destes modelos, de combinação do que cada um tem de melhor, tornam o todo frágil ao invés de antifrágil.

Consolidou-se entre praticantes de metodologias ágeis a necessidade e valor agregado ao olharem para abordagens como a de Lean startup, um conjunto de processos usados para desenvolvimento de soluções inovadoras em mercados cada vez mais complexos, conceito introduzido por Eric Ries, com expoentes como Steve Blank, Ash Maurya, Alexander Osterwalder, …

Assim como o pensamento Lean, também revelou-se o valor do Design Thinking, literalmente pensar como um designer, uma abordagem e conjunto de boas práticas que nos impulsionam em um movimento de empatia para a inovação e resolução criativa de problemas da vida real. Em ambos, pensando mínimo viável, experimentação e validação antecipada.

MODELO STARTUP QUEST

Da direita para a esquerda, importante compreender que estamos falando de uma espiral, o que podemos chamar de espiral da inovação. Esta espiral é gerada por um rotor, uma engine que envolve abordagens (pensamentos) que nos levam a princípios, técnicas e boas práticas adequadas a cada momento, a cada passo, em ciclos de desenvolvimento.

A energia que abastece nossa engine, promovendo ciclos de desenvolvimento em uma espiral contínua de inovação e valor, são nossas forças motrizes. Em sua essência, composta por pessoas, direta ou indiretamente, ecossistema, mercado, investidores, parcerias, equipe e tecnologia. Movido por propósito e um problema da vida real merecedor de ser resolvido.

Se a narrativa interessou até aqui, creio que vai interessar o detalhamento do modelo, criado sob uma abordagem didática à jovens estudantes e empreendedores – https://jorgeaudy.com/startups/

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