Vibe Coding

É uma nova forma de criar ou evoluir um software, muito além dos conceitos de Low-Code e No-Code, o Vibe Coding foca em um ser humano oferecendo uma série de direções conceituais para uma IA via prompt, que cria, refina, corrige e adiciona funcionalidades iterativamente ao código.

Low-code ou No-code são métodos para projetar e desenvolver aplicativos com ferramentas intuitivas de arrastar e soltar que reduzem ou dispensam o trabalho de desenvolvedores. Assim, é preciso que desenvolvedores prevejam possíveis necessidades, de forma que qualquer pessoa possa selecionar e configurar estas partes ou componentes de forma a criar uma solução customizada mesmo sem conhecimento técnico.

O Vibe Coding privilegia a “vibe” do software, não o código. O conceito é usar o prompt para interagir com uma Inteligência Artificial e especificar qual solução precisa ser construída. O papel do ser humano é orientar por meio de uma série de direções conceituais, provavelmente sequer acessará o código, apenas acompanhará seus testes e a partir deles solicitará melhorias.

Tweet de Andrej Karpathy

Aparentemente esta abordagem entrou na pauta a partir de um tweet de Andrej Karpathy, cofundador da OpenAI e pesquisador líder em IA, chamou a atenção ao cunhar o nome Vibe Coding. Seu tweet pode ser lido em https://x.com/karpathy/status/1886192184808149383.

Segundo Andrej, essa abordagem permite que os usuários “entreguem-se totalmente às vibrações” e deixem que modelos de IA, como Claude, ChatGPT, Gemini, etc, gerem código com base em descrições de linguagem natural. Em vez de escrever manualmente lógica complexa, tanto desenvolvedores quanto leigos descrevem o que desejam e a IA cuida do resto.

“Há um novo tipo de codificação que chamo de Vibe Coding, onde você se entrega totalmente às vibrações, abraça exponenciais e esquece que o código existe. É possível porque os LLMs (por exemplo, Cursor Composer com Sonnet) estão ficando bons demais. Além disso, eu só falo com o Composer com SuperWhisper, então mal toco no teclado. Peço as coisas mais idiotas, como <diminua o preenchimento na barra lateral pela metade>, porque sou preguiçoso demais para encontrá-lo. Eu sempre aceito tudo, não leio mais as diferenças. Quando recebo mensagens de erro, apenas as copio e colo sem comentários, geralmente isso corrige. O código cresce além da minha compreensão normal, eu realmente teria que lê-lo por um tempo. Às vezes, os LLMs não conseguem consertar um bug, então eu apenas trabalho em torno dele ou peço alterações aleatórias até que ele desapareça. Não é tão ruim para projetos descartáveis ​​de fim de semana, mas ainda assim é bem divertido. Estou criando um projeto ou aplicativo web, mas não é exatamente codificação. Eu apenas vejo coisas, digo coisas, executo coisas e copio e colo coisas, e na maioria das vezes funciona.”

12 regras para codificar sem frustração

Curti muito um post do Peter Yang (https://creatoreconomy.so/p/12-rules-to-vibe-code-without-frustration) que trata do Vibe Coding de forma muito prática e sugere inclusive alguns prompts úteis durante o processo … acho que o post vale uma lida, pois ele explica cada uma das regras.

Conclusão

Vibe coding é uma codificação onde você confia totalmente na IA e nem mesmo lê o código, apenas segue as vibrações. No atual estágio de evolução da IA, acelera o desenvolvimento, mas levanta preocupações na qualidade do código, segurança e manutenibilidade a longo prazo.

O Vibe Coding oferece uma alternativa interessante aos métodos tradicionais. Embora ainda não possa substituir abordagens estruturadas, pode complementá-las tornando a codificação mais agradável e criativa. O desenvolvimento alimentado por IA está apenas começando.

Vibe Coding mistura criatividade com produtividade, oferecendo uma nova abordagem ao desenvolvimento. Seu sucesso depende de quão bem ele se integra com fluxos de trabalho profissionais. Se é o futuro ou apenas mais uma tendência, o tempo dirá.

2 comentários

  1. Eu me lembro quando ouvi pagode pela primeira vez. Eu pensei “nossa, é pior que sertanejo! não dá para piorar!” e aí veio o funk carioca e depois daquilo a nova música popular brasileira.

    Eu vi o ChatGPT e meu filho brincando com ele e pensei “nossa, não dá para ficar pior”, e aí começaram a usar isto a sério e agora veio esta de vibe coding.

    Tenho até medo, mas não posso evitar: “nossa, não dá para ficar pior!”. 😀

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    1. Que tal velho amigo, espero que esteja tudo bem por aí … fazendo acontecer!

      Tenho lido muito sobre desenvolvimento de software assistido por IA e o Vibe Coding com meus alunos … está só começando, temos muita estrada pela frente, mas tudo indica que a IA venho para ficar e que assim como cases em escritórios de advocacia, medicina e tantos outros, o desenvolvimento de software vai ter muito o que aprender quanto a amplitude e profundidade no uso da IA em seu dia a dia … Há 5 anos atras não imaginávamos o quanto a IA cresceria, assim como não sabemos onde estaremos daqui a 5 anos 🙂 Ansioso em saber! Grande abraço e bom final de semana para ti e sua família!

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