Combinação

Em 2008 assumi a coordenação de 7 equipes de desenvolvimento de produtos digitais. Scrum, Kanban e XP passaram a ser a base de minha Toolbox, mas rapidamente ficou claro que “SÓ” métodos ágeis é pouco, abrindo espaço ao Lean Startup, Design Thinking, Lean UX, Mng 3.0, GoToMarket, Growth Hacking, …

De lá para cá, me afastei de métodos e ampliei minhas opções em vivências combinatórias, da ideia ao pós-venda e escala. Cada projeto e operação exige sincronia entorno do modelo de combinação, que hoje já é óbvio a muitas empresas – Design Thinking, Lean Startup, UX Design, Agile Thinking e Growth Hacking.

Esquema adaptado de “Hacking Growth: How Today’s Fastest-Growing Companies Drive Breakout” – Ellis e Brown

A seguir, narrativa compacta sobre cada abordagem, o draft é de Set/2021, mas a partir de agora vou ir refinando e melhorando aos poucos:

1. O Lean Startup é um modelo dinâmico para validar hipóteses a partir de um pensamento enxuto de nossa estratégia. O ciclo de Build-Measure-Learn, de MVP (minimum viable product), pense grande, execute pequeno, aprenda rápido (baby steps), revalidando suas premissas. Permitindo-se experimentar em ciclos muito curtos de feedback desde o início junto a seus clientes em potencial, no objetivo de aprender e permitir adaptar-se ao aprendizado o mais cedo possível.

Ícones do pensamento da startup enxuta são Steve Blank, Eric Ries, Ash Maurya, Alexander Ostherwalder, que mudaram a forma como modelamos novos negócios, produtos e serviços, reduzindo ou eliminando o tempo entre a ideia e a sua validação – Customer Development, Business Model Generation, Lean Canvas, Get Out of The Building, “A vida é muito curta para fazer algo que as pessoas não usarão”.

2. O Design Thinking é uma proposta de co-criação colaborativa centrada no ser humano para encontrar soluções inovadoras para problemas reais e ideias. O foco está na busca pelas reais necessidades de mercado, logo, tem o desafio de validar hipóteses e pressupostos através de dois ciclos: Divergente: pensamento amplo, sem filtros, considerando e mapeando todas as possibilidades, percepções e condições; Convergente: pensamento estrito, identificando a melhor opção e focando em evoluir um (ou dois) dos principais problemas e soluções mapeados.

Oficinas e abordagens propostas pela Design School de Stanford, a empresa de design IDEO e um modelo proposto por Knap enquanto estava na Google Ventures são as maiores referências – Temos então o Design Sprint 1 e 2, o duplo diamante performando dois momentos de divergência e convergência para o problema e para a solução e muitas técnicas para estes instanciamentos.

3. O Lean UX é uma abordagem para processos de design que propõe menos ênfase nos entregáveis finais e mais foco para a experiência daquilo que está sendo projetado para o cliente. Com ela, os times de design, desenvolvimento, programação, cliente e demais envolvidos falam a mesma língua, usando diferentes níveis de abstração, como drafts, pretótipos, protótipos, MVP, MMP, piloto, inclusive interpretação cênica, audio-visual, storytelling, … para antecipação de validações e melhorias o mais cedo possível.

Com esta abordagem passamos a perceber com frequência um papel de UX (User Experience) em equipes de projetos, responsável por introduzir abordagens centradas no ser humano, utilizando técnicas e boas práticas que ajudem na co-criação real da melhor experiência possível.

4. O Agile é um movimento iniciado na TI, inspirado no Lean Manufacturing, em uma forma mais enxuta de pensamento que proporcionou a partir dos anos 80 o surgimento de métodos, frameworks e práticas mais leves, pragmáticas e empíricas para o desenvolvimento de software. Menos burocracia, mais auto-organização, melhor comunicação e documentação mínima de valor para que o foco seja a geração antecipada e frequente de valor real ao cliente e ao negócio.

Vários métodos aderentes ao manifesto ágil se destacaram com o tempo, entre eles o framework Scrum, que possui planejamento e execução em fatias de tempo constantes chamadas sprints, gerando um ciclo frequente de feedbacks e melhoria contínua. Também o método Kanban para desenvolvimento de software, que aos poucos foi se tornando uma prática universal de gestão visual de fluxo nas mais diferentes empresas, áreas e equipes.

5. O Growth Hacking é uma abordagem de crescimento rápido sustentada pelo máximo aproveitamento dos canais e relacionamentos com o mercado, especialmente apoiado por um marketing digital agressivo, orientado a experimentos em ciclos muito curtos de feedback. Aqui temos a estratégia de escala do negócio, para um crescimento exponencial naquilo que chamamos de Go To Market, lançar um produto é só um pequeno passo, como vamos ganhar o mercado?

Focado na experimentação, inspirado no funil  de Dave McClure – AARRR (Acquisition – Activation – Retention – Revenue – Referral), conhecido como Pirate Funnel Metrics. Ao cruzar as informações analíticas do nosso funil, identificamos riscos, oportunidades, gargalos, iniciando na parte INFERIOR do funil, percorrendo-o até o topo para planos de ação.

MIRO DE APOIO DIDÁTICO

No draft do Miro defini a comunicação e didática, agora é melhoria contínua, filtro e refino:

O modelo Startup Quest tem esta batida, uma proposta que se propõe didática para este instanciamento – https://jorgeaudy.com/startups/