Precisamos ser mais ágeis na agilidade, parar de sermos tão antigos no novo. Vivenciamos sistema sócio-técnicos, almejamos equipes auto-organizadas, mas a mudança está em cada indivíduo. A explicação é simples, grupo, grupos são tão somente conjuntos de pessoas, logo, protagonismo está nas pessoas não no grupo.
Se um entendeu e outros três não, esse um fará a diferença, se desanimar e passar a se defender, apontando culpados, então serão quatro.
Mudança cultural é um processo pessoal e interpessoal baseado em comunicação, em equidade pelo aprendizado e melhoria contínua … vão existir trincheiras, muros, resistências, mas deixe esse papel para os outros, sob hipótese alguma faça o mesmo, não desanime nem encaracole-se, evite “revidar” ou cavar trincheiras.
Schein, Argyris, Tofler, grandes pensadores(as) afirmam desde o início do século XX que mudança cultural gera ansiedade e angústia, porque exige abrir mão do que dominamos para nos aventurarmos em algo que ainda precisamos aprender e dominar. É a arte de desaprender o velho para abrir espaço e aprender o novo.
Evite a cilada das justificativas, resignações, conjugações (eu, tu, ele, nós, vós, eles) … e não estou falando de empresas e equipes que não praticam, estou falando de quem acha que entendeu, mas NÃO consegue compatibilizar a responsabilidade como elemento transformador de cultura, quebrando velhos arquétipos de grupo.
A mudança NÃO está no GRUPO, menos ainda na empresa, a mudança está em cada pessoa que faz e não desanima. Impasses acontecerão, desmotivar é opção para quem não vê que é o agente da mudança.
Antes de culpar, de transferir, racionalizar, lembre-se que CULTURA não possui uma escala de horas, dias, semanas … está mais para meses e anos. Todas as escalas de mudança cultural estabelece anos. Se vocês acredita que a mudança é boa, para melhor, desculpa aí, mas depende de você insistir, sublimar cada pequena vitória.
O que eu mais vejo são equipes jogando contra, gerando desperdícios, se deixando envolver em um clima de desconfianças e insatisfação. Ao invés de mitigar ou contornar, preferem empatar o processo, gerar desperdícios por birra ou medo.
Conclusão
Empresas e equipes são grupamentos sócio-técnicos, na verdade, empresas e equipes são abstrações sociais, elas não mudam, porque quem muda são as pessoas. Se as pessoas mudarem, as equipes e empresas terão seus efeitos sócio-técnicos alterados.