Estou pasmo com a repercução do meu post sobre a promiscuidade do mercado, vou em empresas, converso com profissionais, tanto quanto com professores e alunos, toda semana fico sabendo de mais gente que está se aventurando sem ter conhecimento.
Já me pediram para ministrar cursos de Kanban, XP, Lean, Management, Agile Coach, sempre recuso, tanto quanto coaching, recuso porque não é minha praia, os conheço, uso algumas de suas técnicas, mas jamais me verão ministrando um desses ou prestando estes serviços, não me especializei neles …
O que me deixa pasmo são profissionais qualificados e reconhecidos achar que estou falando deles, ou mesmo achar que issso não está acontecendo, me fez lembrar o “Agile is Dead” de 2015 do Dave Thomas, onde ele alerta para a promiscuidade do mercado sobre Agile.
O Brasil é uma referência internacional em Agile, grandes nomes nossos, incluindo alguns dos ofendidos tem uma carreira internacional, tenho dificuldade para entender de que forma esses ícones do Agile Brazuca tomam dores tão facilmente no nosso mercado.
Talvez eu tenha tido azar e tenha conversado com profissionais incomodados com uma bolha de promiscuidade, empresas, mas tenho convicção que essa realidade não é Brazuca, é mundial, … tá certo que não sou Dave Thomas, mas a discussão não é uma insanidade.
O que relatei acontece com frequência e está presente em debates de gente grande e não aprendizes de feiticeiro, não critiquei nem faria sentido criticar métodos nem instituições, fiquei surpreso com os desdobramentos agudos de algumas pessoas, que nada tinha a ver com o que eu disse.
As vezes em empresas me perguntam por alguém que eu nunca ouvi falar, que nunca vi no GUMA, NMAF, TecnoTalks quando eventos sobre o tema, dou uma procurada e nada, nenhum artigo ou interação … isso não chega a ser demérito, mas com frequencia esse papo é decorrente de questionamentos sobre métodos e técnicas ensinados ou disseminados de forma precária.
Mas, ok, peço desculpas aos ofendidos, apesar de muito provavelmente não estar falando deles, quem me conhece sabe disso, muitos entraram em contato e se mostraram tão surpresos quanto eu … alguém disse que a culpa é minha por eu não ter citado nomes, mas o objetivo não era esse, nem tampouco dizer que o Agile está morto, só chamar a atenção para algo que me incomoda muito.
Afora isso, quem sou eu para colocar em cheque pessoas que o mercado (inclusive eu) reconhece e reverencia?