Nem tudo é inovação em sua essência, nem tudo é disrupção em seu cerne, nem tudo é desconhecido em meio a uma natureza complexa e incerta. Em empresas, grande parte dos projetos são o que a Pace Layered do Gartner chama de sistemas de registro ou diferenciação.
Esses sistema mais inovam em sua UX durante seu transcurso, no DoR, a medida que se desenvolve através de uma experiência melhor, maior ergonomia, user friendly, etc. Entretanto, a release ou inception feita em alto nível de abstração é muito, mas muuuuuito previsível.
Reunir de 15 a 25 (até mais) pessoas para uma dinâmica de concepção e planejamento ágil é uma grande responsabilidade, por isso mesmo é preciso que haja um trabalho prévio de levantamento e modelagem necessário para que tenhamos o máximo de foco e assertividade.

Esta prévia em média corresponde a uma reunião de duas horas, ajuntamento de material, mais duas a quatro horas de preparação do board. O trabalho de inception começa depois, com um birefing do sponsor ou head da iniciativa, alinhamentos e um storytelling do que já sabemos.
Falamos a toda hora de sistemas complexos, crença em empirismo, Small Project Philosophy do Standish, Cynefin, Effetuaction. Mesmo assim, o design e o agile thinkings acabacaram por consolidar dinâmicas com 20 pessoas por 5 dias (20 x 5 x 8 = 800 horas/gente).
Acabamos de executar mais uma, os parâmetros são de 1 a 3 dias, podendo ser 3 a 5 turnos da tarde. A demanda (como sempre) era de uma inception de 5 dias, só com o debate sobre contexto e valor, baixou para 5 tardes. Após o início, ao final do primeiro dia, redefinimos para 2 dias.
O objetivo, após briefing e debate para um único entendimento e propósito, é aferir as personas, desenhar a jornada e a partir dela montar o Release Plan. Neste caso vazão de 4 histórias por sprint, contando com o debate sobre entregáveis e valor real para Janeiro, Fevereiro e Março.
