Em um artigo de 16/01/2003, dois grandes nomes do manifesto ágil, publicaram um artigo chamado “Scrum and the perfect storm” em que declaravam com detalhes o método Scrum, tentando através da desventura do barco Andrea Gail, introduzir ao leitor a diferença providencial entre seguir o plano, confiar na leitura dos instrumentos de bordo (métricas) ou olhar pela janela do deck.
Acho a analogia meio maluca, mas o artigo é um achado arqueológico, sobre como eles viam o método, lá no início, o pergaminho que precedeu o “Scrum Guide”, sobretudo, percebemos a beleza da verdadeira natureza ágil que o método tem em seu DNA, por ser ele próprio iterativo e evolutivo, é legal ver a nomenclatura e visão inicial e o quanto o método amadureceu desde então.
Repito, acho a analogia meio maluca, mas dá o recado, veja alguns pontos que pincei do artigo e invista uma horinha para ler o original, vale a pena:
- Scrum é apenas um compilado de boas prática e bom senso;
- O mundo corporativo é caótico e é inumerável a quantidade de distrações que podem perjudicar o time e o projeto;
- Na nossa área é comum complicar, sofisticar, intelectualizar, agregar, mas precisamos lembrar que simplicidade é bom e melhor;
- Scrum ajuda os times a focar no que importa e deixar aquilo que é menos importante no seu devido lugar, aguardando prioridade;
- Precisamos escolher entre a ficção dos grandes planos, métricas e reports ou realmente nos envolvermos no projeto;
- O principal ícone do Scrum é a Daily Scrum Status Meeting;
- No Scrum todos sabem qual o objetivo principal da iteração e quais os objetivos pontuais de cada participante;
- Scrum incentiva a interação, contra a tendência ao individualismo;
- O maior benefício é a humanização do desenvolvimento de produtos através de comunicação diária, pactos e foco coletivo no objetivo;
- Fazer reviews das viagens anteriores para aprendizado e melhorias das próximas é fundamental.
O Product Owner era chamado de Product Manager … já pensou, “manager”, eles devem ter trocado para não serem linchados pelos xiitas … rsrsrs!
Outro detalhe é a não declaração do papel do Scrum Master, isso quer dizer que se voltarmos no tempo, eu estaria demitido … Graças aos céus que mudou!
Sprints recomendados de 30 dias … 30 dias eu acho uma eternidade, tem tudo para acabar stressando, depois viria a flexibilizar para “de 2 a 4 semanas”.
Primeiro, leia aqui este famoso artigo “Scrum and the Perfect Storm”
Depois, clique aqui e releia a última edição revisada do Scrum Guide.
A coisa mais maluca é que no livro e no filme o barco afunda, vamos considerar isto como uma liberdade poética e que a moral da história seria que o Scrum não é bala de prata afinal de contas 🙂


O link do Scrum guide tá quebrado, http://www.scrum.org/Portals/0/Documents/Scrum%20Guides/Scrum%20Guide%20-%20Portuguese%20BR.pdf
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Báh, companheiro, obrigado pela dica … já corrigi. Funcionava, mas a scrum.org deve ter mudado a pasta, conferi e tive que corrigir os links nas páginas de Links Úteis e Be-a-Ba do Scrum. Obrigadão, aí! 🙂
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