O BA Day (*) é organizado anualmente pelo Chapter de Porto Alegre do IIBA (*) para disseminar conceitos e práticas de análise de negócios, posto que a próxima edição do BA Brasil será em São Paulo, o IIBA investiu este ano no BA Day, realizado hoje (24/11/2012) no prédio da FACE (*) na PUCRS.
(*) BA Day = Business Analysis Day
IIBA = Instituto Internacional de Análise de Negócios
FACE = Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia
08:30 – Abertura foi feita pelo colega Luiz Cláudio Parzianello e Filipe Sardi, respectivamente presidente e diretor de tecnologia do Chapter do IIBA Porto Alegreque, apresentaram o IIBA e sua contextualização no Mundo e Brasil.
09:00 – Marcelo Neves, presidente do Chapter IIBA RJ, falando sobre o passado, presente e futuro da Análise de Negócios, que não é só registrar os requisitos ditados pelo cliente, tirando um pedido e construindo aquilo que ele pediu, é sim o ato de entender o problema, a necessidade, desenhando o seu contexto, para indicar a melhor alternativa, atuando como coach neste processo, ampliando as percepções do cliente e convergindo com ele e envolvidos para solução, usando para isso:
- Foco – Pessoas, Eventos, Ferramentas e Informação
- Ponto de Vista – Estratégia, Tática, Logística e Prática
Há quatro ingredientes principais e ele aprofundaria os dois primeiros:
- Escopo da mudança
- Escopo da Análise de Negócios
- Metodologias e Técnicas
- Competências Fundamentais
Ele deixou claro uma peculiaridade histórica, o BABOK 2 foi construído com um mix predominante de profissionais oriundos de TI, assim, teve um viés muito forte de AN dentro da TI, enquanto o BABOK 3 que será lançado nos próximos dias teve um mix bastante generalista, com uma minoria de profissionais de TI, que lhe proporcionou uma abordagem mais organizacional e estratégica:
- Abordagem Agile
- Não centrado em projetos
- AN feita por outros profissionais, além de analistas de negócios
O primeiro ingrediente aprofundado foi o Escopo da Mudança:
- Amplitude da mudança
- Intensidade da mudança
- Valor e soluções entregues
- Abordagem das entregas
- Premissas (espectro)
O segundo ingrediente aprofundado foi o de Análise de Negócios:
- Patrocinador (~ Sponsor)
- Change Targets (~ StakeHolders)
- Business Analyst Position
- Resultados
Algumas perspectivas apresentadas foram a Agile, a TI Analítica, BPM, TI e EBA, tendo esta última uma rápida explanação. O Enterprise Business Analyst trabalha mais a nível estratégico, pela integração do negócio como um todo – estratégia, investimento, recursos, processos, executivo e top-down. Pontuou o ciclo de Business Transformation e o foco em amplificar o valor da organização.
Devo destacar a Target Trust, uma das patrocinadoras, que nos seus 5 minutos deu um bom exemplo de parceria, apresentando a empresa e seus serviços de forma completa, sucsinta e interessante, logo em seguida, entre as 10:00 e 10:30 houve o Coffee-break e muito networking …
10:30 – Carolina Mobus, da diretoria do PMI-RS, falou sobre a Análise de Negócios na gestão do Portfólio de Projetos, instigando uma visão sobre a análise de negócios em TI como fundamental para viabilizar a estratégia da organização. A gestão de portfólio vem apoiar o ciclo positivo composto por [Estratégia + Projetos + Resultados].
Portfólio compreende “um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos agrupados para facilitar o gerenciamento eficaz desse trabalho a fim de atender aos objetivos de negócios estratégicos”.
“Mais importante que construir a ponte é construir a ponte na direção certa”
“Mais importante que fazer certo o projeto é fazer o projeto certo”
“Evite ser metralhadora, atirar para todo lado, esperando acertar em algo”
Sete aspectos para o sucesso – alinhamento, valor, estratégia, solucionar impasses, prazos e resultados, balanceamento e dimensionamento.
Aspectos do cenário atual – falta visibilidade, falta alinhamento, muitos projetos em andamento, projetos errados, falta priorização e falta balanceamento.
As áreas de conhecimento são duas, governança de portfólio e gerência de riscos em portfólio, enquanto também temos dois grupos de porcessos, alinhamento e monitoramento/controle. Isto tudo, considerando que temos um planejamento estratégico como pré-requisito para uma efetiva gestão de portfólio:
- Identificar e elencar os componentes
- Categorizar conforme relevância para a organização
- Avaliar através da coleta de informações
- Selecionar uma lista reduzida conforme critérios estratégicos
- Balancear a lista
- Comunicação
- Autorização para alocação
- Revisar e relatar o andamento e os resultados
- Monitorar as mudanças na estratégia
- Desenvolver gerenciamento de riscos
Há limitadores, como por exemplo a capacidade da organização e a qualidade da informação, que devem ser embasadas e qualificada, assim potencializando [Analise de negócios + gestão de protfólio + gerencia de projetos].
Clique aqui, achei um material bem legal sobre gerência de portfólio (PMI).
11:10 – Eduardo Fayh, general manager da ThoughtWorks POA, apresentando a facinante cultura da ThoughtWorks e como ela desenvolve Consultores (analistas de negócios) que ainda não conhecem o mundo de TI (nutricionista, professora de Inglês, comércio exterior, …).
Privilégio ter alguns dos colegas de empresa nomeados como signatários do manifesto ágil, a galera da TW sabe o que isto significa, pois contam com Martin Fowler e Jim Highsmith, que já visitaram o escritório deles aqui de POA.
A ThoughtWorks possui tres pilares em sua missão:
- Run a sustainable business
- Revolutionize IT; champion software excellence
- Advocate passionately for social and economic justice
Seus valores são baseados nas seguintes premissas:
- Customer commitment – Delighting our customers;
- Social responsibility – Creating a better world;
- Uncompromising principles – Respect. Openness. Humanity;
- Best people – An exceptional community;
- Fun – Have fun. Be passionate;
- Entrepreneurialism – Imagine. Pursue;
- Global – A transnational team.
O tema mais esmiuçado é o conceito da TW University, que passa 4 semanas de imerção na sede deles na Índia, realizando estudos, workshops, entendendo a cultura de uma empresa multinacional que valoriza o Aprender Fazendo, oportunizando para isto um projeto real, usualmente algo comunitário e sustentável.
O que procuram na etapa de seleção, que pode envolver mais de 10 entrevistas, na busca por pessoas questionadoras, empreendedoras, com atitude e habilidades inter-pessoais de conciliação, negociação, valorizando os que pensam fora do padrão, que tenham vivências inusitadas, …
Refletiu que no passado havia um analista de negócios para vários times de desenvolvedores, hoje sabemos que esta proporção equilibrou-se, podendo haver vários analistas de negócios para igual número de desenvolvedores.
Após este post, clique aqui e leia o relato do turno da tarde.






Jorge, muito obrigado pelos relatos. Muito legal saber o que rolou, coisas novas e visões interessantes. Para a visão de portfólio do PMI ficar perfeita só falta abandonar projetos e passar a pensar em produtos. Acho que isso não acontece tão cedo 🙂
O BABOK 3 parece muito promissor. Espero que ajude a resolver o problema da imagem do AN preso dentro de projetos ou preso dentro da TI.
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