Pensei e estou postando cada aula da disciplina de GP, conforme acontecem neste semestre, esta é a segunda aula (Março/2017). Se você não leu a primeira, sugiro ler, pois o sequência tem uma razão – 1ª aula de GP, somos gerentes e somos o projeto.
Partindo do pressuposto de que a Curva de Ebbinghouse está correta, iniciei a segunda e cumulativamente começarei todas as aulas relembrando os tópicos relevantes que vimos nas aulas anteriores. Outra técnica é ir apresentando a teoria mais maçante em camadas, desde uma citação inicial em uma aula, um exercício ou overview em outra para então aprofundarmos e exercitarmos elas.
A revisão inicial no início da segunda aula relembrou fundamentos relacionados ao que é um projeto, a relação conceitual e prática entre PMBOK e SCRUM, o quanto é essencial entender o mínimo suficiente do problema, solução e critérios de aceitação antes de sair fazendo.
Principalmente, relembrei Alexander Osterwalder e o contexto relacionado ao planejamento de carreira, revimos a matriz SWOT, a necessidade de estabelecer uma visão (sonhos) de curto, médio e longo prazos, CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes) e parceiros de viagem, de colegas a gurus, para então preencher seu Business Model You (BMY).
Introduzi o conceito de CHAx5 ou Team Competency Matrix para planejamento real relacionado a desenvolvimento de competências a partir de planos de ação sobre como melhorar seus conhecimentos, habilidades e atitudes. Entendimento que é requisito para a práxis do BMY, tirando o máximo de proveito dele.
Breve história da gerência de projetos
Projetos possuem responsáveis e são planejados, gerando planos que serão acompanhados e gerarão previstos x realizados desde o antigo Egito, com a diferença que naquela época usavam papiros ao invés de Excel e Project. Apresentei conceitos de corporações de ofício até a fundação do PMI em 69.
Falei sobre as condições que geraram a revolução industrial, sobre o modelo sustentado por mestres artesões e seus aprendizes, para chegar às estruturas organizacionais percebidas desde a revolução industrial no que tange a hierarquia e projetos – funcional, matricial, projetizada e hipertexto.
Discutimos rapidamente os conceitos e importância da gestão de portfólio, gestão de programas, gestão de projetos, sub-projetos e caracteristicas de parte a parte em relação a operações. Após discutir um pouco os conceitos e exemplifica-los, apliquei o jogo do BONECO que compartilhei no meu livro JOGOS 360º para discutir o que é um projeto e o que é um programa na prática.
Um histórico dos estudos sobre taxas de sucesso em projetos, como o Chaos Report do Standish Group, para então discutir os diferentes modelos de ciclo de vida de projetos – waterfall, iterativo-incremental tradicional e iterativo-incremental ágil baseado em equipes ágeis.
Fiz uma breve introdução sobre áreas de planejamento do PMI-RS e seus grupos de processos, relacionando-os ao framework SCRUM. Falei do modelo proposto pelo Gartner baseado no conceito de Pace Layered e TI Bi-Modal, refletindo um post do Mauro Sotille sobre a edição 6 do PMBOK.
Para fechar a segunda aula, apresentei e debati o manifesto e princípios ágeis, realizando uma dinâmica de auto-avaliação sobre o entendimento e o quanto cada um acredita e segue um a um, usando o conceito de quadrante mágico proposto no meu livro ToolBox 360°.
A galera pediu que um jogo de quebra-gelo é importante quanto mais cedo no início da aula para dar uma acordada, também me pediram para explicar novamente a questão da avaliação através de provas e trabalhos e uma aluna questionou sobre como seriam os exercícios práticos de gestão de projetos – através de um projeto de A a Z (iniciaremos com a ideação e escolha de um projeto para cada equipe a ser formada, passando pelo planejamento ou discussão das 10 áreas, usando técnicas ágeis, até a execução de sprints e entregas de mocks).