Passou a 3ª semana de aulas e conforme me propus, o relato das duas disciplinas, a terceira aula de ambas é um nivelamento teórico, com muitos exemplos práticos, mas é uma aula que ainda não encontrei a forma ideal de manipular tanta informação básica através de jogos … mas já tenho umas ideias para 2017/2.
5ªfeira – Tópicos Especiais em Engenharia de Software
Na aula passada houve a escolha dos temas e a formação das equipes, mas por acaso acabou ficando para mim apresentar quais são as principais metodologia ágeis – SCRUM, KANBAN e XP, pincelando algo sobre DSDM e SAFe. Muita interação, podendo responder com cases reais e situações típicas a quem usa.
MANIFESTO – Iniciei com um contextualização histórica, eventos, moderadores, estágio atual do Agile, cases brasileiros em empresas pequenas, médias e grandes;
SCRUM – Apresentei um resumo do método, destacando sua principal vocação, como um framework para projetos ágeis de desenvolvimento de software;
KANBAN – Gestão visual de fluxo contínuo, com K maiúsculo ou minúsculo, origem e práticas no uso do quadro ou na adoção do método e seus fundamentos;
EXTREME PROGRAMING – A realidade prática de que tanto equipes Scrum, Kanban e outros métodos se utilizam de técnicas do XP em engenharia de SW;
DSDM e SAFe – Uma navegada nos fundamentos de métodos mais afeitos a grandes empresas ou complexas arquiteturas com múltiplos times.
6ªfeira – Gerenciamento de Projetos
A terceira aula é uma exigência programática, está na ementa e antes de começar a exercitar de A a Z um projeto, consolido os fundamentos essenciais e introduzo a conceituação das 10 áreas de conhecimento e 5 grupos de processos do PMBOK. Meu plano era fazer grupos de discussão a medida que fossemos avançando, mas não rolou, o interesse ficou em um ou dois alunos que interagiram.
Antes de mais nada, relembro que tanto em projetos ágeis ou tradicionais é preciso gerenciar todas as áreas, pode mudar o mindset, princípios, protagonismo, papéis, mas riscos são riscos, custos são custos, qualidade é qualidade, aquisições são aquisições …
O quebra-gelo foi sobre responsabilidade, sobre participação, engajamento e auto-organização, base para a discução do que é um time de projeto, potuando sistemas empurrados e puxados – o jogo do esqui, chinelão ou atravessando o Waigunga! Há toda uma estratégia, com papéis, simulações e reflexões a cada experimentação 🙂
Como sempre, relembrei conceitos essenciais das aulas anteriores, o que é e exemplos de portfólio, programa, projeto, sub-projeto, operações, as diferentes estruturas hierárquicas organizacionais, como funcional, matricial, projetizadas e hipertexto. Também discutimos brevemente o papel de áreas como governança corporativo e de TI, escritório de projetos e o papel do Gerente de Projetos.
Já que os grupos de discussão não funcionaram, a contingência foi assumir o papel de professor tradicional e passar a matéria necessária, pautando a cadência em um ritmo adequado, tentando ao máximo manter um mínimo de interação enquanto viamos os 5 grupos – iniciação, planejamento, execução, monitoramento/controle e encerramento, além das 10 áreas – integração, escopo, tempo, risco, qualidade, custos, RH, aquisição, comunicação e partes interessadas.
A ideia é usarmos o conceito da cebola, a cada aula ir aprofundando, de forma a facilitar o entendimento não só pelos exercícios, mas também por repetição em diferentes abordagens, desde as primeiras simples citações, entendendo o porque elas existem, discutindo conteúdo, práticas, etc. Estamos na segunda onda, entendendo o porque os 5 grupos e as 10 áreas existem:
Facilitação visual para discutir pertença e auto-organização
No meio da discussão das áreas do PMBOK, apliquei um jogo para acordar, que sempre gera muitos insights e nos faz refletir sobre atitude e comportamento – Férias! É uma dinâmica em que divido a turma em pequenos grupos, com a responsabilidade de escolher um dos integrantes para relatar suas férias, de forma que ao final de 7 minutos eu peço para alguém da sala relatar as férias do grupo.
Como sabem que eu selecionarei alguém, eles decidem fazer atas, em alguns grupos escolhem alguém para fazer a ata do relato para ser usada caso sejam escolhidos, em alguns nenhuma ata é feita, em outros todos fazem atas, cada um preocupado com o seu registro, garantindo desperdício de trabalho, redundância e a certeza de diferenças entre eles.
No final, quando escolho alguém, faço um mapa mental usando o quadro branco e postits, discutindo o senso de auto-organização, de pertença em todos, pois todos são responsáveis pelo mapa, pedindo para incluir, corrigindo ou eliminando dados. Ao contrário do modelo tradicional em que a ata é um registro frio e de alto risco pelo desinteresse de todos nela, o mapa gera sintonia no entendimento do que está rolando e encerramos a reunião revisando se todos estão de acordo.