Não estou falando dos filmes dos Vingadores, do Capitão América, nem mesmo do Thor, porque aquele é o TESSERACT, o cubo brilhante que possui uma das jóias do infinito que já serviu para tudo nos filmes da Marvel, até como amuleto do Thanos para acabar com meio universo.
A palavra TESARAC é uma palavra cunhada pelo escritor Sheldon Silverstein, expressando um momento de completo aturdimento dos sentidos devido a uma mudança abrupta, inesperada e profunda. No caso do autor, desencadeado pela morte de sua esposa e filha.
Outros autores acabaram por assimilar e utilizar o termo TESARAC para ilustrar situações ou momentos em que tudo o que sabemos é destruído e uma nova realidade precisa ser entendida, assimilada e retomada. É o momento que nos obriga a mudar.
Ao referir-se a períodos da história onde mudanças imprevisíveis impõem a quebra ou abandono de velhos conceitos, ainda sem oferecer um novo. O resultado é algo próximo ao caos, como o que vivenciamos em 2020 com o mundo mergulhado em uma pandemia.
A pandemia do covid-19 é um TESARAC, uma situação imprevista e incontrolável que nos leva a dedicar energia para nos reinventar, a procura de um Novo Normal, o existente até ali já não existe mais. Assim, o conceito pode migrar de sua origem de cunho pessoal à algo global.
Outros autores
Em marketing, em RH, em gestão, uma simples busca pelo termo no Google vai mostrar muitas citações e apropriações do termo, de uma forma ou outra relacionado a mudanças internas ou externas, ás quais precisamos assimilar, compreender, resignificar e estabelecer um novo padrão.
Peter Druker incorporou o termo em alguns de seus textos, relacionado à necessidade de constante adaptação e desenvolvimento de novas competências a medida que o mercado e o mundo mudam continuamente, por vezes drasticamente.
O termo foi utilizado no livro “The Guru Guide to Marketing: A Concise Guide to the Best Ideas from Today’s Top Marketers” – Boyett e Boyett, 2002 – trabalhando Tesarac como um momento de caos e confusão, onde buscamos uma nova ordem.
Também foi o título do livro “Tesarac – O livro da Inteligência Competitiva” – Passos e Ferreira, 2016 – como uma tomada de consciência quando vivenciamos uma transformação intensa, interna ou nos adaptando a algo externo.
