Desde meados de 2020, tenho feito estudos sobre ciclo de vida das startups, inicialmente devido a um trabalho de modelagem para um ecossistema de inovação envolvendo iniciativas internas, parcerias e investimento em startups em uma grande empresa brasileira com atuação mundial.
Desde então, compartilhei muito da minha pesquisa, modelos, aprendizados e vivências, quer seja envolvendo modelos em rede, centralizados ou descentralizados, como abordagens, técnicas e ferramentas úteis à empresas nascentes de matriz tecnológica.

ECOSSISTEMAS
Há associações, aceleradoras, grupos de investimento, tudo isso especialmente otimizados através de parques tecnológicos e outros ecossistemas de inovação e empreendedorismo nacional.
Temos a ABStartups – Associação Brasileira de Startups – foi fundada por startups e conta com grandes empresas como mantenedoras, com foco em promover e representar as startups brasileiras.
A Associação Gaúcha de Startups é uma instituição sem fins lucrativos que trabalha para desenvolver o ecossistema de startups no RS, baseando-se em quatro pilares: compartilhamento de conhecimentos, conexão de talentos, acesso a investidores e fomento de negócios.
A WOW é uma aceleradora que conta com mais de 220 investidores, quase 100 startups investidas por todo o Brasil, 4 etapas em 12 meses – kickoff, estratégia/planejamento, gotomarket e pós-aceleração.
A Endeavor é uma organização global sem fins lucrativos, no Brasil desde 2000, estimulando o impacto dos empreendedores à frente das Scale-ups, empresas com modelo escalável e inovador.
A Ventiur busca potencializar a capacidade de execução, oferecendo mentoria individual, capacitação em grupos e troca de experiências. Também viabiliza investimentos iniciais em troca de participação.
A Startse oferece cursos, podcasts, conteúdo, webinars, eventos e programas internacionais, com foco em educação e empreendedorismo como caminho de transformação para o Brasil.
A startupi oferece muito conteúdo, informação, notícias, educação e conexões. conhecido portal de conteúdo direcionado a startups, inovação, investimentos e empreendedorismo no Brasil.
A Anjos do Brasil é uma organização sem fins lucrativos com missão de fomentar o empreendedorismo brasileiro, através do conhecimento, conexões e incentivo a políticas publicas empreendedoras.
Há um senso realizado anualmente pela CoworkingBrasil, é um coletivo, um grupo conectados através de uma economia de inovação e criatividade representada pelos coworkings mundo afora.
ACELERADORAS & INVESTIDORES
A principal diferença entre as aceleradoras e as incubadoras ou mesmo espaços de coworking é que as aceleradoras acolhe empresas nas quais decide investir em troca de participação. A empresa recebe dinheiro e mentoria, além do espaço, interagindo com outros acelerados.
Se alguns anos atrás era raro encontrar processos de aceleração ou oferta de investimento de capitais de risco, hoje em dia empresas e investidores (nacionais e estrangeiros) garimpam o mercado e promovem competições para identificar ideias promissoras e investir, entrando como sócios.
Há profissionais inovadores por todo lado e algumas empresas encontram assim um meio de atrair, reter e gerar negócios com jovens e promissores talentos que de outra forma perderia para o mercado. A seguir alguns dos modelos mais conhecidos para investimento.
- Bootstrapping: Normalmente é o primeiro passo, quando o próprio empreendedor investe seus recursos em seu próprio negócio.
- Investimento-Anjo: Feito por qualquer pessoa física em empresas nascentes com alto potencial de crescimento e retorno financeiro.
- Capital semente (Seed): Pessoa física ou jurídica ao apoiar empreendimento visando sua capacitação gerencial para crescimento.
- Venture Capital: Quando o investimento recebe uma participação acionária, focado em gerar crescimento e ganhos na venda.
- Venture Building: A participação de uma venture builder é majoritária, fornecendo o planejamento estratégico, captação de recursos e estrutura física.

PARQUES TECNOLÓGICOS
Parques tecnológicos são iniciativas baseadas na famoso conceito da tripla hélice, integrando recursos de universidades, governo e iniciativa privada. Assim como um shopping atrai clientes cientes que em um único lugar há variada gama de lojas e serviços com segurança e organização, um parque possui suas âncoras, condomínios, incubadoras, aceleradoras e tudo o mais necessário para criar um ecossistema de negócios, inovação e empreendedorismo.
Há neles mecanismos que fomentam a integração e geração de negócios entre seus multiplos players, modelos especialmente úteis a empresas nascentes que sob esta chancela interagem facilmente com grandes empresas. A proximidade possibilita também a aproximação de múltiplas linhas de pesquisa científica. O primeiro parque teve base na UNiversidade de Stanford na Califórnia, gerando tamanho sucesso e reconhecimento que foi replicado em todo o mundo.
ARTIGOS E ESTUDOS
Artigo publicado em 2020, uma pesquisa desenvolvida por Felipe Matos e Vanderleia Radaelli – https://publications.iadb.org/publications/portuguese/document/Ecossistema_de_startups_no_Brasil_Estudo_de_caracteriza%C3%A7ao_do_ecossistema_de_empreendedorismo_de_alto_impacto_brasileiro.pdf
Em 2016 foi realizado um estudo pela FGV sobre o panorama das aceleradoras brasileiras, desenvolvido por Paulo R. M. Abreu, Newton M. Campos, PhD – https://abessoftware.com.br/wp-content/uploads/anterior/Arquivos/O_Panaroma_das_Aceleradora_de_Startups_no_Brasil.pdf
Também FGV, apoio ABDI (agência brasileira para desenvolvimento industrial), o ‘Estudo da jornada das startups no brasil’ de 2017 – http://inteligencia.abdi.com.br/wp-content/uploads/2017/08/2018-09-27_ABDI_relatorio_4.3_estudo-da-jornada-das-startups-no-brasil_WEB-1.pdf
Tem um estudo de 2020 sobre o ecossistema de startups de Hardware no Brasil por Newton Frateschi e Lucas Baldoni da UNICAMP e Rosana J Fernandes da Baita Aceleradora, que é de Campinas – https://sbmicro.org.br/arquivos/SbMicro-Ecossistema-de-Startups-de-Hardware-no-Brasil.pdf
Pesquisa SEBRAE de 2015 sobre o lado A (óptica dos empreendedores) e lado B (apoiadores, investidores e parceiros) de startups em SP – https://sbmicro.org.br/arquivos/SbMicro-Ecossistema-de-Startups-de-Hardware-no-Brasil.pdf
Também tem um estudo do SEBRAE sobre as causas de encerramento das startups (mortalidade) e o que fazer para sobreviver – http://ois.sebrae.com.br/wp-content/uploads/2015/08/Causas-da-mortalidade-das-startups-brasileiras.pdf
INTERNACIONAL
StartupGrind é a maior comunidade independente internacional de startups, com mais de 1.500.000 participantes distribuídos em 500 chapters em 125 países por meio de eventos, conteúdo e parcerias.
O Young Entrepreneur Council é uma comunidades que compartilha soluções, suporte e recursos, como marketing, branding, eventos, mídia, também saúde, agência de viagem e espaços de coworking.
O Google for Startups é uma iniciativa que provê suporte a startups, desde recursos, produtos, boas práticas e conexões do Google para habilitar à construção de produtos e serviços melhores.
O fórum da comunidade StartupNation oferece espaço para discussões entre empreendedores com ideias semelhantes – conexões, informações, debates, dicas e apoio mútuo.
A 500 Startups é empresa de capital de risco global mais ativa de 2019, com a missão de desenvolver as pessoas e as economias ao redor do mundo por meio do empreendedorismo.

Ótimo post, repassado para os colegas da Escola de Negócios.
Abs, Luís H. Villwock Prof. Adjunto – Escola de Negócios Assessor Superintendência Inovação e Desenvolvimento PUCRS/TECNOPUC – Brasil http://lattes.cnpq.br/1919102532933859 Enviado do meu iPhone
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Báh, fico muito contente em talvez ser útil a mais alguém, eu curti muito as pesquisas, fizeram parte de alguns estudos que tenho feito sobre o universo startup … agora nas férias estou compilando material e o blog é uma forma de compartilhar ao mesmo tempo que faço o registro no meu repositório, quero dizer, meu blog 🙂 rsrsrsrsrsrsrs Feliz 2021 por aí! o/
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Muito boa a matéria. Gostaria de me interagir em uma escola de negócios. Pois estou na Europa. E gostaria de meu próprio negócio interagindo com o Brasil uma vez que tenho familiares no Brazil. Alguém pode me ajudar ?Desde já agradeço.
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Oi, tens que entrar em contato com uma destas comunidades que de alguma forma lhe proporcionem um link ou vínculo. A escola de negócios citada pelo Villwock é a da PUCRS, que dispõe de MBA, cursos e programas variados. Além disso, há comunidades de startups, onde o primeiro passo é te conectar a eles em seus canais e redes sociais, o que proporcionará interações e quem sabe convergência de objetivos materializados em projetos. Boa sorte!
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