A relação de empresas com o mercado era infinitamente mais passiva que hoje, antes a comunicação era focada nos negócios, ao precisar de mais colaboradores se faziam chamadas de classificados. Hoje temos redes sociais, temos comunidades de prática, parcerias com universidades e parques tecnológicos, o RH é também um negócio.
O RH de cada empresa mantém relações permanentes com pólos de talentos, comunidades de interesse, cria uma imagem de empresa desejável, inclusive com programas de desenvolvimento externos, demonstrando suas melhores práticas, preparando entrantes no mercado, mesmo sem a intenção de contratá-los.
As empresas que pretendem atrair talentos, a galera mais criativa, engajada, apaixonada por inovação, em ser agentes de mudança, precisa empenhar-se neste sentido. Se um dia um diretor for palestrar em um curso acadêmico e perguntar quais dos alunos quer trabalhar na sua empresa … esperamos que muitos levantem a mão.

6. RELAÇÃO COM O MERCADO
- Empresa empregadora (~GPTW)
- Eventos de atração e patrocínio
- Relação com fontes de candidatos
- Parceiros para seleção
- Programa de visitação e influenciadores
- Redes sociais

EMPRESA EMPREGADORA
No século XXI, as empresas precisam usar sua estrutura e talentos para vender apaixonadamente seus produtos e serviços, pelo tanto que agregam valor aos clientes, mas também vender-se a si mesmo como uma empresa que acompanhou o ritmo do mercado, sendo sustentável, ética, colaborativa, criativa, inclusiva, pois isso gera vínculos e relacionamento, com clientes e também com pessoas que quererão fazer parte.
Marca empregadora ou Employer Branding apoiando a construção de sua reputação junto ao mercado, que é consumidor, mas também é de onde virão seus melhores talentos. A definição é de um marketing institucional focado em gerar interesse das pessoas em trabalhar na empresa, acelerando e até invertendo a aquisição de novos talentos, que a procurarão independente de vagas.
- https://neilpatel.com/br/blog/employer-branding/
- https://gptw.com.br/conteudo/artigos/marca-empregadora/
- https://beecorp.com.br/blog/fortalecer-a-marca-empregadora/
EVENTOS DE ATRAÇÃO E PATROCÍNIO
Organizar eventos, propôr parcerias, patrocinar ou pelo menos participar de eventos como congressos, seminários, feiras, convenções, aquelas que concentram um grande número de profissionais que seriam o sonho de consumo para futuras contratações, é uma obrigação. É uma das formas mais intensas de gerar vínculos e atração.
Jamais de improviso, a cada ano ou semestre já comece a analisar e negociar estas oportunidades, todas elas exigem algum esforço, orquestração, organização, diferentes níveis de dotação orçamentária, sempre promovendo a explicitação de leads, coleta de CV’s e uma reunião de lições aprendidas para melhorar nas próximas.
- https://www.agenciainsideout.com/gerar-leads-em-eventos/
- https://www.moblee.com.br/blog/tipos-de-eventos-corporativos/
- https://blog.ramper.com.br/gerar-leads-com-eventos/
RELAÇÃO COM FONTES DE TALENTOS
Buscar sinergia com diferentes fontes de talentos, em especial na sua origem, como escolas técnicas, universidades, mas considerando a profusão de meetups e comunidades de práticas (CoP). Podemos chamar de uma relação baseada em mutualismo simbiótico, há interesse em ambos os lados.
Cursos no exterior acenam como valor agregado o fato de que a grande maioria dos alunos encerram o curso em boas colocações. Promovem bancas para acompanhamento de sua evolução, promovem apresentações. Estas parcerias garantem novos talentos às empresas e um diferencial aos cursos.
Não posso esquecer de lembrar o livro Tripla Hélice da Inovação, um conceito que vem recebendo a atenção dos três atores há duas décadas – Governo, Empresas e Universidades. Cada vez mais o mundo vem investindo em parques tecnológicos onde estas três hélices se fazem presentes e geram pesquisas e negócios.
Na primeira fase da Tripla Hélice, empresas, universidades e governo não se sobrepõem. Na segunda fase, há relações bilaterais entre 2 dos 3, empresas e universidades formam parcerias, porque as empresas precisam de profissionais qualificados e as universidades precisam de investimentos. Na terceira fase, há uma relação constante entre os três.
PARCEIROS PARA SELEÇÃO
Há empresas locais, regionais, nacionais e globais que concentram cadastros de CV’s e são muito utilizadas, como a Catho aqui no Brasil ou a Monster lá fora, tenho amigos com carreira internacional que mantém cadastro em vários destes players. As empresas estão cientes disto e recorrem a parceiros especialistas na curadoria de uma imensa base de CV’s.
Além destes, mais comum ainda é a seleção de executivos contar com empresas conhecidas como headhunters, já conheci alguns consultores em empresas desta natureza e lembro de estarem trabalhando vagas de executivos para multinacionais, coordenadores, gerentes, diretores, um trabalho realmente especializado, com psicólogos e consultores dedicados.
O headhunting envolve a realização de uma pesquisa específica para identificar o candidato ideal para uma função específica, independentemente de o candidato estar procurando ou não. Para funções de alto nível com um conjunto de habilidades desejado exclusivo, candidatos passivos são mais desejáveis - eles estão atualmente trabalhando e ganhando experiência específica do setor em um concorrente. Também é comum que funções de alto nível exijam pesquisas confidenciais, por isso muitas empresas optam por contratar uma empresa de headhunting para localizar os melhores talentos e evitar anúncios de empregos públicos e boca a boca.
- https://kenoby.com/blog/recrutamento-e-selecao/
- https://marketbusinessnews.com/financial-glossary/headhunter/
PROGRAMA DE VISITAÇÃO E INFLUENCERS
Retroalimentar o programa de Employer Branding, parcerias com universidades e eventos de atração, é oferecer agendas para visitar a empresa, conhecer suas áreas, pessoas e ambiente. Fazer uma pequena oficina, pelo menos uma lightning talk animada, talvez algum brinde da marca, chamar a atenção e gerar oportunidades de marketing orgânico.
Convidar pessoas conhecidas para participar, micro-influencers, para conversar com os colaboradores, gerar momentos significativos. Além do valor intrinseco que pode agregar, isto gera desdobramentos (buzz) nas redes e também incentiva os próprios colaboradores a interagir e contribuir neste processo.
Empresas sediadas em parques tecnológicos estão acostumadas a visitas de turmas de alunos de diferentes escolas e universidades. Com frequência, sequer tem agenda prévia, agendando com os grupos conforme oportunidades surgem. As grandes, como Face, Linkedin, Google, … são famosas pelos roteiros de visita em suas sedes, inclusive no Vale do Silício..
REDES SOCIAIS
“Pegada digital refere-se ao conjunto único de atividades, ações, contribuições e comunicações digitais rastreáveis, manifestadas na Internet. Embora o termo geralmente se aplique a uma pessoa individual, a pegada digital também pode se referir a uma empresa, organização ou corporação.” – wikipedia
Uma empresa pode ter um site, blog ou canais fortes na internet, mas muitas vezes a soma do capital formado pelo conjunto de colaboradores com boa visibilidade e presença na internet acaba gerando um ponto de contato importante, é preciso trabalhar as suas redes, mas sem deixar passar as oportunidades de apoiar o crescimento de seu pessoal.