Inovação aberta e a maturidade dos hubs

Nos últimos 15 anos é comum em frente ou ao lado das sedes das grandes empresas termos uma aceleradora ou hub com o objetivo de fomentar parcerias, investimentos, coworkings fomentando inovação e empreendedorismo em uma escala que só cresce desde a virada do século.

O Concept of Ba de Nonaka e Konno, tem muito a dizer: Podemos chamar de Ba cada espaço compartilhado para geração de conhecimento, de forma consciente e organizada. Ba pode ser físico, virtual ou mental. Não é linear, teremos um Ba ao constituirmos formal ou informalmente um espaço destinado a criação de conhecimentos, coletivo ou individual.

INOVAÇÃO ABERTA

A inovação aberta é um movimento crescente, onde as empresas buscam conexões com outras empresas, empreendedores, startups, dentro e fora de seu controle, incluindo parcerias com parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras, universidades, fornecedores, clientes, governo e até mesmo concorrentes para inovação horizontal ou vertical.

INCUBADORAS > ACELERADORAS > HUBS

Nos anos 2000 crescia o conceito de incubadoras de startups, dentro ou fora de parques tecnológicos e condomínios de empresas. Incubadoras eram espaços colaborativos em que startups entravam por um período (2 a 3 anos) para serem mentoradas. Elas pagavam um aluguel ou taxa e sua saída era conhecida como graduação, abrindo espaço para novas;

Nos anos 2010 as aceleradoras tiveram seu ápice, empresas ou grupos de investidores recebiam submissões e selecionavam boas ideias e investiam nelas em troca de participação no negócio. Algo semelhante ao shark tank, o investimento garante mentoria, suporte e competências faltantes, em troca o investidor adquiria uma participação em quotas ou resultados futuros;

Nos anos 2020 os hubs estão proliferando, algo semelhante a coworkings onde empreendedores, startups, pequenas, médias e grandes convivem e geram conexões e oportunidades de negócios conjuntos. Nas aceleradoras somente tínhamos acelerados, nos hubs temos um mix entre coworking, incubação e aceleração cruzada, multimodal.

HUBS

Hub é uma estrutura fixa com partes variáveis, podendo contar com empresas âncoras, condomínios ou oferecido em parques tecnológicos, que proporcionam o espaço e as condições para que o máximo de conexões aconteçam e a criação/inovação de novas ideias, soluções, negócios, produtos e serviços se desenvolvam mais agilmente.

Ao contrário de incubadoras, que continham incubados, e aceleradoras que continham acelerados, os Hubs se assemelham mais com grandes espaços de coworking, onde pequenas, médias e grandes convivem diariamente e em suas interações novas ideias sejam fomentadas.

Ter em uma mesma sala, dezenas de pessoas criativas, colaboradores, mentores, criativos, empreendedores, startups, parceiros e outras empresas de diferentes portes gera um ecossistema equivalente à teoria Rainforest de HWang sobre o Vale do Silício. Não pode dar errado!

Para startups e empreendedores, estar em um Hub, os aproxima de investidores, grandes e média empresas, universidades, órgãos de fomento, proporcionando visibilidade e networking, instigando colaboração, parcerias e associações. São espaços típicos para inovação aberta (open innovation), onde diferentes atores colaboram ou cooperam entre si para criar produtos e serviços inovadores.

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