HWang – A metáfora agora é uma Floresta Tropical

Se você não conheceu Victor W. Hwang na sua passagem por Porto Alegre e está curioso em saber o que é RainForest … um mindset orgânico, ágil, integrado por dezenas, centenas ou milhares de atores. Inovação é fomentada por ecossistemas vivos, parques, hubs, aceleradoras, incubadoras, coworkings, mas também o saguão do prédio ou o café onde pessoas inovadoras se encontram inusitadamente e tecem planos maquiavélicos para conquistar o mundo com um novo produto.

Diretor de uma empresa de capital de risco no Vale do Silício, autor do conceito da Rainforest, um modelo orgânico sob a metáfora de uma floresta tropical, com fauna, flora, alimentos, nutrientes destinados ao surgimento e crescimento da inovação e empreendedorismo, mas também chamando a atenção para as ervas daninhas, tudo isso para o entendimento e construção das condições para a formação de novos Vales do Silício.

Seu entendimento deveu-se a sucessivos investimentos e mentorias a startups, gerando análises frequentes sob o enfoque econômico, social, político, as relações visíveis e invisíveis, formais e informais, certo de que o objetivo na busca pela inovação não é encontrar a receita, mas exatamente o contrário, a inovação é proporcionar o inesperado, uma sucessão de idéias, erros e acertos casuísticos, que se originam do choques entre diferentes organismos.

Posto que a analogia de seus livros é a de uma floresta tropical, então seus componentes são complexos, formas biológicas diversas, a fauna e flora desejada não é a mesma pré-existente, mas através da existente, acrescer diferentes nutrientes (idéias + talento + $ ) e diferentes condições de ambiente (cultura) para geração de inesperadas novas formas de fauna e flora (inovação).

Quem me conhece sabe o quanto curto modelos Canvas, eles nos permitem manter o foco e fazer uma gestão visual recorrente nas nossas percepções de forma coletiva … pois o Rainforest tem um Canvas ( vou dar uma olhada e detalho em um próximo post, quem sabe um TTalks sobre RainForest):

rainforest-canvas

Para isto acontecer voltamos a metáfora da Floresta Tropical, sem muros nem contenções, sem uma hierarquia que impeça a geração do novo, sem regras que sufoquem a circulação dos diferentes organismos, não importa se simples ou complexos, ao invés de restringir a floresta gera um ecossistema aberto, franco, em que a inovação pode surgir de qualquer lugar, não é programada, é inusitada.

O Vale do Silício é um modelo que tenta ser imitado em inúmeros locais do mundo, mas talvez como a lenda sobre os engenheiros das fábricas americanas de automóveis que ao visitar a Toyota buscavam registrar processos e regras e ao copiá-las os resultados não eram os mesmos, posto que a solução não era o processo, mas o modelo mental com mais liberdade e autonomia de suas células e equipes, auto-organizadas, mudando e melhorando continuamente (Kaizen).

O primeiro livro sobre este conceito e metáfora foi escrito em parceria com Greg Horowitt, mas era um livro pesado, detalhado, com mais de 300 páginas, então trabalhou e lançou um mais dinâmico e aberto, com o núcleo principal do conceito com menos de 100 páginas … o objetivo é provocar mais debate e evolução deste conceito e oportunidades, gerando mais rapidamente experimentação e crescimento.

O aspecto organizacional e cultural biológico, coletivo, me recordam muito conceitos de gestão de conhecimento, Takeuchi e Nonaka, a disciplina de gestão por competências, através de competências coletivas em busca da geração de diferentes competências essenciais, me lembra com certeza o mindset Agile, ambientes mais abertos, transparentes, compartilhados, auto-organizados, senso de pertença, na busca constante por conversão de valor  \o/

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