Gigantes das organizações que aprendem

Fiz cinco mapas visuais da produção de alguns dos nomes que mais cito em relação à organizações que aprendem e empreendem (inovam), iniciando por Nonaka e seus parceiros, depois Peter Senge, Peter Druker, Chris Argyris e John Kotter. Individualmente já compartilhei várias vezes os pensamentos e modelos de cada um deles.

Um post sobre Gestão do conhecimento e organizações que aprendem não poderia iniciar a não ser com NONAKA, um dos homens mais influentes para a história das organizações na segunda metade do século XX. Considerado pai da gestão do conhecimento moderno com Takeushi, seu maior parceiro.

Também esteve presente no primeiro artigo que citava e apresentava conceitos do método Scrum, um dos grandes colaboradores nas teorias das organizações que aprendem nas décadas de 80 e 90, proponente da estrutura organizacional em hipertexto (formal, informal e conhecimento) e também do conceito de Ba, baseado nos ensinamento do filósofo Nishida.

PETER SENGE é outro nome das teorias de organizações que aprendem, autor do livro A Quinta Disciplina, defendia que “copiar as melhores práticas dos outros não é aprender” – “As organizações que aprendem são aquelas onde as pessoas desenvolvem continuamente suas habilidades”.

Senge entende, assim como Druker, que o capital intelectual de uma organização (soma do conhecimento de todos os seus colaboradores) é seu maior ativo. Defende a auto-organização e os princípios de sistemas empíricos, onde o maior aprendizado vem da prática e não da teoria.

Uma organização que aprende tem um ambiente estimulante, que incentiva a todos os seus integrantes a se desenvolverem e atingirem suas metas, assumindo de forma consciente riscos inerentes à inovação e mudanças para melhor, isto propicia a evolução de suas competências, logo, resultados.

Não há quem não conheça a história de Ford enquanto um gênio industrial, um ícone da revolução industrial, mas muito poucos reconhecem Sloan, outro grande nome da indústria automobilística que redefiniu a estrutura organizacional da GM, que influenciou quase todas as que surgiram após ele.

Outro fato que poucos conhecem é que PETER DRUKER foi convidado a estudar e avaliar a GM, seu relatório foi parcialmente desconsiderado por Sloan. Druker já havia percebido a relevância do foco nas pessoas uma década antes de Ohno e Toyoda baterem as portas da história com o Toyota (Lean) Production System, incentivando equipes auto-organizadas, foco de toda a organização no por que e não no como e aprendizado organizacional baseado em Kaizen.

CHRIS ARGYRIS iniciou seus estudos sobre estruturas organizacionais, em meados do século XX debruçou-se sobre a gestão e adaptação a diferentes estilos gerenciais. Posteriormente, iniciou sua longa estrada e grande contribuição em estudos sobre mudança e cultura organizacional, seus mediadores e moderadores, nesta fase ainda tinha um grande foco em gestão e lideranças.

No final do século XX, tornou-se referência em cultura organizacional, nas teorias das organizações que aprendem. É dele o modelo de aprendizado organizacional em single e double loop, o primeiro quando a organização se restringe a atuar nos efeitos, sem se ater às origens e causas culturais. No single é provável que o efeito volte a ocorrer, no double ocorre realmente a mudança necessária.

JOHN KOTTER é outro ícone dos estudos sobre gestão, liderança e organizações, autor de uma proposta para estruturas organizacionais que chamou de DUAL. Nela temos uma dimensão hierarquica e formal que deve estar em sintonia e oferecer o substrato à uma segunda dimensão baseada em redes, informal e voluntariosa, focada em fazer acontecer.

Algo semelhante ao modelo hipertexto de Nonaka e Takeushi, onde tínhamos uma dimensão formal, uma dimensão mais informal e auto-organizada, uma terceira, representativa, exatamente da gestão do conhecimento, dedicada a garantir o aprendizado organizacional, tácito e explícito em equilíbrio.

Curti muito fazer estas imagens contendo os livros e marcos destes grandes estudiosos das organizações, gestão, estrutura e cultura. O primeiro é claro que tinha que ser Nonaka, este eu tenho comigo desde 2013 quando fiz a cadeira de GC com a Profª Mirian Oliveira no mestrado da escola de negócios da PUCRS.

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