Mas … você é designer?

Semana passada fiquei até tarde conversando com uma aluna sobre Design Thinking, ela tem interesse em ganhar experiência através de uma colocação como Designer. Citei o DBLab e boas referências, especialmente iniciativas no TecnoPUC como o CriaLab para ilustrar a riqueza deste contexto.

Ao comentar que facilitava diferentes técnicas do DT, ela perguntou: “Mas, você é designer?” Ao responder que não preciso ser designer para usar técnicas do DT, fiquei pensando na pergunta dela, afinal, a proposta do DT é que todos pensem como designers, não que sejam designers.

DT não é uma profissão, pensar também não, ser um designer é! Mas a proposta vai além do papel, convida qualquer um a usar pensamento de design no seu dia-a-dia. Aliás, o próprio designer pode ou não ser um Thinker … afinal, pode ser um designer e não pensar como um designer … rsrsrsrsrs

Design Thinking é uma abordagem, uma forma de pensar, cuidado para não confundir ou ver DT como um framework tipo Design Sprint e outros modelos. Ao confundir, corre-se o risco de reduzir uma escola de pensamento livre a um simples roteiro para design, muito boa … em certas condições.

Roteiros e receitas de bolo

A existência de frameworks como o do Knapp no Google Ventures, são relevantes e agregam muito para ajudar pessoas e empresas a orientar iniciativas a partir de práticas consagradas, sempre que as condições indiquem verosimilhança ao contexto onde atingem seu potencial.

Entretanto, é preciso distinguir didaticamente a grande caixa de ferramentas do DT dos frameworks que propõem receitas catedráticas, para garantir que diferentes contextos possam se beneficiar tanto do Design quanto do Thinking, aproveitando o que o pensamento e os frameworks tem a oferecer.

Não canso de relembrar o relato de um colega e sua experiência em uma cadeira de inovação, ele recebeu uma nota baixa por não ter seguido o processo proposto pelo professor para “inovar”. Ele tinha se proposto a fazer de outra forma o processo criativo e o professor disse que ele tinha que inovar seguindo o seu processo … sempre achei esse relato hilário!

Como dizem os Thinkers, cuidado para não se apaixonar pela solução (ou pelo framework), apaixone-se pelo desafio, pelo problema que vamos resolver, porque é preciso antes de mais nada ter uma resposta adequada e proporcional, para não acabar usando uma bazuca para matar uma barata.

MIB é uma aula sobre estes paradoxos

Me faz lembrar passagens do MIB, tem a ‘contratação’ do J, se achando o cara mais esperto por suas habilidades (e falta de modéstia), quando o K diz que ‘neste momento, suas habilidades não significam nada’ e abre-se a porta para um novo contexto a ser entendido sob novos paradigmas.

Outra muito boa é no final, quando o J chama o povo do armário de ‘ratos’ e o K o leva para uma porta lacrada, que ao ser aberta mostra eles próprios como ‘ratos ingênuos’ em um grande locker de estação alienigena, uma caixa dentro de uma caixa dentro de uma caixa.

Um overview com muitos links – https://jorgeaudy.com/design-thinking/

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