Ministro aulas de gerenciamento de projetos na politécnica desde 2015/2, a cada semestre repenso cada exercício, sequencia, dinâmicas, mas o conceito por trás de tudo isso eu mantenho porque acredito muito na abordagem.

Uma primeira aula focada no desafio de demonstrar claramente a relevância da matéria – GP – e o quanto, mesmo usando projetos simples como exemplo, é categórico o porque conhecer boas práticas diminuem riscos, antecipam nosso domínio e controle positivo sobre nossos projetos e consequentemente o valor que eles geram e entregam.
1. Uma dinâmica em que cada um sugeriu, com ícones e postits, projetos durante um quebra-gelo, projetos do dia-a-dia, que tenham se envolvido no passado, presente ou irão s envolver em breve, pessoais ou profissionais – Comprar um carro, reformar a casa, criar um canal de vídeos no Youtube, criar uma pequena horta em casa, criar e gravar uma música, organizar um jogo de futebol, reformar o apartamento, criar um espaço para home office, fazer uma pizza, …
2. Uma apresentação em que cada um montou um conjunto de elementos que o representem, seu hobby, profissão, empresa, o que gosta. Após 5 minutos construindo esta montagem, cada um teve um minuto para se apresentar baseando-se nos ícones e informações escolhidas/

3. PLANO DE PROJETOS 100% AMADOR – Um exemplo de planejamento básico, voluntário, sem qualquer método, unindo os dois primeiros exercícios. Cada um escolheu um projeto do quebra-gelo e na vertical listou com postits amarelos todas as atividades necessárias em uma hipotética ordem de execução. Na construção de um aquário teríamos mais de uma dezena de atividades, desde a pesquisa, escolha do tipo, orçamento, compra do material, confecção, montagem, teste, enchimento com água com PH tratado, aquisição dos peixes e algas, entrada em sustentação.

4. MILESTONES – A discução sobre a relevância de milestones e o quanto eles podem ajudar a demarcar fases, etapas, um marco a cada tanto e porque. No nosso aquário, a escolha realizada, a confecção, montagem já com a água. Uma forma de visualizar etapas e acompanhar o andamento abstraindo os detalhes. Uma técnica simples que já faz diferença até mesmo para o entendimento se está faltando algo.

5. ODYSSEY PLAN – Se já temos um plano, se já temos milestones, chegou a hora de compreender a força da gestão visual. A mesma lista, distribuida em um Odyssey, em suas até cinco etapas, com título, com os principais endereçamentos que geram valor e com o checkout transformam qualquer plano em algo visível, consistente, inteligível e facilmente gerenciável. Já estamos em outro patamar de planejamento, já não somos mais amadores.

6. As áreas de cohecimento do PMBOK – É muito curioso o quanto a simples lembrança das 10 áreas geram dezenas de percepções e insights até aqui ocultos. Incrível como em projetos simples como estes, ganhamos muito ao refletir sobre stakeholders, comunicação, riscos, qualidade, tempo, recursos, aquisição e custos podem nos instigar a um planejamento mais pró-ativo, mais consciente e com maior clareza. Na prática, um primeiro contato sobre o tema de 1/3 do nosso conteúdo, que é o PMBOK e toda a riqueza de conhecimentos que ele suscita como paradigmas e reflexões úteis.

7. Fecho sempre o primeiro dia com sugestões sobre o que eles querem e não querem do professor e dos colegas. É mais que uma retrospectiva da noite, é mais perto de um lições aprendidas com outras disciplinas. Pode ajudar a fazer alguns pactos na formas e técnicas que usaremos de parte a parte para melhor aproveitamento das nossas noites de sextas. Eles tem toda a semana para preencher e sugerir de forma anônima o que querem e não querem … tempo ao tempo:
