RBS Agile Night – Case “hagah”
No dia 17 de Outubro de 2011, ocorreu o evento “RBS Agile Night”, promovido pela RBS e GUMA (*) com o objetivos de apresentar sua nova unidade TecnoPUC e um de seus cases de adoção de método e técnicas ágeis para o desenvolvimento de produtos digitais do Grupo.
(*) GUMA – Grupo de Usuários de Métodos Ágeis da SUCESU-RS
O gerente da unidade, Marco Migliavacca, discorreu sobre as motivações e objetivos na mudança da área de produtos digitais para o TecnoPUC, mas muito especialmente o quanto o processo de resignificação dos valores do Grupo e de sua cultura corporativa alavancaram e facilitaram o iníco de nossa adoção de Agile e proporcionaram os eventos que construiram uma nova visão, missão e objetivos para a unidade.
Mais que isto, o quanto ações realizadas nos últimos anos eram, mesmo sem saber, os primeiros passos para a grande mudança que empreenderiamos em 2011, como a eliminação das salas por equipe, o uso de ambientes amplos em que diversos times trabalhavam próximos e com incentivo a iteração direta entre seus integrantes, reuniões de alinhamento semanais e incentivo e política de “portas abertas” para acessar os diferentes níveis hierarquicos.
A product owner Diana Correa, cargo do método Scrum semelhante ao de Analista de Negócios, apresentou o case de agilidade do “hagah”, local search que é líder na região Sul e o terceiro site de busca local mais acessado no país (estabelecimentos, serviços, profissionais liberais, locais de interesse, canais temáticos e muito mais).
Primeira equipe e negócio a adotar integralmente os princípios do método Scrum, Diana Correa, apresentou a estratégia e trajetória da mudança sob o aspecto de definição de prioridades, fechamento de releases (~projetos), foco em valor e retorno. Os aspectos mais valorizados foram a crença e o empreendedorismo, comunicação e realismo, ciclos iterativo-incrementais e a valorização de todo o ecosistema.
Fechando o case, eu, Jorge Audy, Scrum Master, cargo equivalente ao de coordenador, explanei sobre a linha de tempo da mudança até então, das oportunidades de crescimento logo percebidas pelo negócio, por suas equipes e profissionais. Apesar do processo ter sido embrionário a partir de Fevereiro de 2011 e ter atingido sua plenitude a partir de Setembro de 2011, já era possível perceber grandes ganhos.
1. O processo de treinamento e conscientização partiu de conceitos de equipes de alto-desempenho, atitude pessoal e repassou todos os 12 princípios do manifesto ágil, com exemplos práticos e ênfase nas oportunidades de melhorias em comunicação e convergência em melhores resultados. Conceitos assimilados, aguardamos um mês para retomamos os treinamentos.
2. Em um segundo momento houve a apresentação do método Scrum, não na sua totalidade, mas em pactos de equipes e retrospectivas (lições aprendidas), muito especialmente no ciclo de gestão visual, com quadro de tarefas e reuniões diárias para inspeção e correção de desvios. De nada adiantaria explicar Releases (~projetos) e Sprints (~entregáveis), se a atitude e comunicação interna não melhorasse.
3. Finalmente, após avanços na quebra do modelo-mental vigente para um com mais autonomia e responsabilidade pessoal sobre o resultado desejado e obtido, começamos a detalhar e disseminar todo o ciclo do método Scrum e técnicas ágeis adicionais. Desde o início, evitamos nos engessar no “Scrum Guide”, mas sempre tendo ele como referência principal na construção do nosso “RBS Agile Process”.
Desde o início, a cada mês, uma chacoalhada, atraves de eventos internos interessantes, em todos os níveis, tentando permanentemente relembrar as raizes da mudança em curso, métodos ágeis, empreendedorismo, inovação, exposição, aproximação com a universidade e as empresas do TecnoPUC, a cada mês oportunidades para descentralizar e valorizar a participação de todos:
1. Treinamentos e replicações
2. P&D – TDD, API’s de mercado, Planos de Testes, etc
3. Ciclos de Lightning Talks e debates em Open Space
4. Recebendo visitas e bate-papos com lideranças
5. Participação em eventos ágeis nacionais e internacionais
6. Trocando experiências com clientes e fornecedores
7. Incentivando networking
“Apenas copiar as melhores práticas não é aprender.” (Peter Senge)