Como todo processo de mudança organizacional, o processo de adoção pode ir a favor dos ventos proporcionados pela cultura vigente ou contra, pode contar com o apoio do coordenador, gerência e direção, ou tê-los como restrição, mas mesmo com obstáculos a adoção de algumas técnicas ágeis, proporcionariam melhorias, se não para o ecossistema como desejado, internamente a equipe a título de comunicação.
VIRÓTICO: O manual mais ortodoxo sugere que selecionemos uma equipe que esteja iniciando um pequeno projeto com integrantes de perfil que potencializem a experiência, após sua conclusão seria possível dividir esta galera entre outras equipes, gerando uma progressão geométrica.
COACH: Eu acredito que a mesma estratégia apresentada acima pode estar suportada na preparação de um bom Scrum Master, segundo Tuckman, alguém que orientará a primeira equipe e que na sequência poderá iniciar outras equipes, treinando não só o time como inclusive outros Scrum Masters.
BIG BANG: Eu e uma colega participamos de um processo ousado, treinamos mais de 70 pessoas, pertencentes a 7 equipes de desenvolvimento de produtos digitais, de forma iterativa introduzimos em três meses os princípios e espírito de equipe ágil, restrospectiva e gestão visual, finalmente o ciclo Scrum.
SUBVERSIVO: Se sua chefia e empresa não entendeu o que é Agile e não autoriza a mudança, é possível negociar algumas técnicas, como retrospectivas e gestão visual, mesmo sem requisitos ágeis e ciclos iterativos, com o tempo mostrar o valor em melhorar a comunicação, transparência e adaptação.
WATERFALL: Tem empresas que ficam debatendo esta opção durante algum tempo, trazendo cursos e consultores, na expectativa de que primeiro deve mexer na cultura, no modelo mental, querem estar prontos para tudo e democraticamente iniciar o processo em BIG BANG ou VIRÓTICO.
Não há garantias, não importa se optamos por iniciar com 100% do Scrum em uma equipe piloto e formadora de opinião ou baby steps com várias equipes, o segredo está em buscar um mínimo de apoio e botar a mão na massa, pois os princípios e técnicas gerarão bons resultados mesmo com um pacote mínimo.

Show Jorge!
Um aprendizado que obtive na adoção da agilidade é que não se deve aplicar as técnicas em projetos ‘pilotos’, pelo contrário, aplicar agilidade em projetos críticos que emergem grande complexidade ajuda no fortalecimento do espírito ágil.
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