Pesquisa

Antes de um projeto existir, ágil ou não, temos uma etapa inicial de modelagem, envolvendo mercado, negócio, produto, serviço. Para isso, iniciamos ciclos de pesquisa, entendimento, ideação, modelagem e projeções, intercaladas com experimentações, aprendizados e melhoria. Além da área acadêmica:

  • Estratégia de negócio;
  • Portfólio de produtos e serviços;
  • Roadmaps de produtos ou serviços;
  • Gestão do portfólio de projetos;
  • Aprimoramento de operações.

Não vou reinventar a roda, logo, aqui tem alguns links com muita competência nesta área de conhecimento – psquisas:

PESQUISA EXPLORATÓRIA

Uma pesquisa exploratória descobre, em qualquer destes níveis, uma visão aberta a partir do uso de diferentes técnicas e perspectivas. É possível fazê-lo interagindo com as pessoas envolvidas ou não, podendo acontecer sem conhecimento delas. É possível se beneficiar de técnicas de pesquisas científicas, design thinking e outras.

Na pesquisa exploratória, o foco não é quantitativo, mas qualitativo, ao contrário de entrevistas em escala e surveys, com fins estatísticos. O objetivo é descobrir, entender, mapear, hipotetizar, por isso chamada de exploratória – Vamos a campo para entender a realidade e oportunidades de nossos entrevistados, ainda não temos ou evitamos saber a resposta antes de conhecer a realidade.

O maior desafio não é técnico, mas pré-conceito, evitar que o pesquisador induza a sua perspectiva. Para maior efetividade, é preciso, retroalimentar uma análise cumulativa de dados, informações e conhecimento. O resultado da exploratória é a formulação de hipóteses.

PESQUISA ESTRUTURADA

Na pesquisa estruturada, o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido. Não é permitido
sair do script, adaptar ou improvisar perguntas adicionais, pois cada perguntas foi meticulosamente pensada para determinado fim, permitindo comparações e gerando dados estatísticos. Não é possível mudar, alterar a ordem ou o formato das perguntas.

A entrevista estruturada propõe um roteiro com perguntas genérica e específicas, pressupondo que já temos hipóteses desenhadas, algum conhecimento dos respondentes para balizar a construção da entrevista. A estruturada garante um padrão, permite previsibilidade, estimativas de tempo, oferecendo perguntas mais direcionadas e objetivas.

O maior desafio é técnico, na formulação das perguntas, na definição do universo e amostragem, as técnicas e meios a serem usados. Ao contrário da exploratória, tudo tem um porque, esta a serviço de algum pressuposto sobre o qual queremos mais informações.

Quanto à fonte – dados primário ou secundário

Dados primários – são aqueles criados pela própria pesquisa e pesquisador, mediante pesquisa, observação, debate, tratando-se de informações originais.

Dados secundários – são aqueles extraídos de registros existentes e disponíveis, como material escrito, impresso, vídeo, áudio, pesquisas anteriores.

Técnicas primárias

Entrevistas – Uma conversa que pode ser estruturada (roteiro rígido), semiestruturada (permite derivações) e não estruturada, com liberdade ao entrevistado propor o caminho da conversa.

Observação/sombra – É observar sem interferir, acompanhando por algum tempo o cotidiano ou jornada da persona ou cliente em foco. Também conhecido como shadowing.

Estudo de caso – É quando selecionamos uma condição, grupo ou local, confome parâmetros e contexto desejado ou proposto, podendo-se para isso utilizar diferentes técnicas para levantamento.

Survey – Trata-se de uma consulta virtual através de um questionário, direta ou indireta, aberta ou fechada. Opção metodológica que usa redes e pode focar em perfil desejado de respondentes.

Debates – Uso de formatos em grupo – Focus Group, Open Space, World Café, Fishbowl, … Com ou sem roteiro, exploratórias, para levantamento inicial de dados, opiniões ou hipóteses.

Experimentos – É quando planejamos e operacionalizamos algo de forma padronizada e submetemosà diferentes pessoas ou condições para avaliar consequências ou resultados.

Participativa – Na pesquisa participativa (pesquisa-ação), ao mesmo tempo que colhemos informações, indagamos por sua melhoria, assim, o objetivo ao mesmo tempo é levantar, entender e mudar.

Cliente oculto – É fingir ser um cliente de forma anônima e desconhecida. Há empresas especializadas em fornecer clientes ocultos – OnYou, BareInternacional, ShopperExperience, FocoDoCliente.

Técnicas secundárias

Pesquisa desk – São aquelas que fazemos em nossa mesa, destacando mais o foco nas oportunidades de pesquisa através de repositórios e buscadores na internet.

Literatura – Estudo de documentos, matérias, artigos, reportagens, registros que contenham dados ou informações anteriores, podendo estes serem físicos ou virtuais.

Audio-visual – Estudo de materiais registrados em vídeo, fitas, arquivos digitais, podendo ser programas gravados em diferentes plataformas e canais.

Análise de caso – Estudo de pesquisas ou levantamentos anteriores, públicos ou reservados, pessoais ou organizacionais, como benchmarking, projetos, modelagens, bancos de dados.

Quanto ao questionário

Cada pergunta deve apresentar uma ideia, evite mesclar na mesma pergunta duas questões diferentes usando E|OU, o que dificultará ou inutilizará a resposta;

Um dos erros comuns dos mais inexperientes, é criar perguntas ue induzem a uma resposta. Evite montar a pergunta tendo nela sua opinião ou pressuposto, isso gera respostas inúteis;

Cada pergunta deve ter uma só interpretação, ser sucinta e clara, evite dar voltas ou embutir na pergunta pontos que deveriam estar na introdução ou apresentação;

Tenha em mente o nível de instrução e conhecimento de sua amostra, isto definirá a estrutura de suas perguntas para que sejam claras para o contexto onde serão aplicadas.

Questões demográficas, devem ser o estritamente necessário, cada questão deve ter um propósito claro e útil. Muitas, tendem a gerar desconforto e alongar o todo.

Escala Likert, avalie o uso de escalas, como a original de 5 pontos – discordo totalmente, discordo, indiferente, concordo e concordo totalmente – em comparação com binárias, tipo sim|não.

https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/construcao-de-instrumentos-de-medida

Haynes SN, Richard DCS, Kubany ES. Content validity in psychological assessment: a functional approach to concepts and methods. Psychol Assess 1995; 7:238-247.

Pittman J, Bakas T. Measurement and instrument design. J Wound Ostomy Continence Nurs 2010; 37: 603-607.

CURIOSIDADE

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