Há diferentes representações gráficas e escolas de Design Thinking, todas estão baseadas em uma base conceitual, mas ao mesmo tempo todas estão assentadas em um paradoxo – É preciso entendê-las e segui-las, mas ao segui-las pode ser que não as entendemos!
É preciso compreender seus princípios, para então navegar na sua jornada de co-criação, os modelos existem para nos fazer entender os porquês, não para serem seguidos como uma receita de bolo. Siga-as para ganhar experiência, mas aprenda com isso para saber quando hackear a receita.
Lembro o relato de um colega em uma cadeira de inovação, ele recebeu uma nota baixa por não ter seguido o processo – ele tinha experimentado de outra forma o processo criativo e o professor disse que ele tinha que inovar seguindo o seu processo … é hilário! rsrsrsrsrsrs
Se alguém o criticar porque está fazendo algo fora da ordem … reflita com seus parceiros de viagem se faz sentido … e go ahead. Shu-Ha-Ri (inicie seguindo os mestres, assim irá aprender a variar e adaptar, ao final irá conduzir segundo a soma de suas experiências, tornando-se você um mestre).

Ficou para a história o autor John E. Arnold ao usar o termo design thinking em “Creative Engineering” (1959), delimitando quatro áreas de atuação que deveriam ter equilíbrio entre si:
- Criar novas soluções e funcionalidades;
- Elevar os níveis de desempenho em soluções;
- Reduzir os custos de produção;
- Gerar maior empatia e melhorar os negócios.
Um livro em especial – Experiences in Visual Thinking – Robert McKim (1973) foi determinante nas décadas de 80 e 90 para a Universidade de Stanford tornar-se o maior ícone em Design Thinking como método de ação criativa … Um de seus alunos: David M Kelley, fundou com Tim Bown a mítica IDEO em 1991, formada pela combinação de três empresas de design industrial, uma das primeiras empresas de design a mostrar seu processo com base em métodos e pensamento do design thinking.
Reza a lenda que Hasso Plattner da SAP concordou em financiar a primeira D-School na Universidade de Stanford entre 2003 e 2005, criando o Hasso Plattner Institute of Design … Quatro anos depois, levou 35 Thinkers para a SAP para colaborar com o grupo de estratégia corporativa. Stanford a partir de 2005, através da D-School, começa a ensinar design thinking como uma abordagem generalizável à inovação técnica e social.
Startup Garage – Stanford Business School
É uma abordagem de ensino na pós-graduação da Escola de Negócios da Universidade de Stanford, criado para ajudar os alunos a compreender o processo de inovação. Este gráfico é exibido como um grande banner na sala de aula para manter os alunos no caminho certo durante o processo.

A Design School de Stanford compartilha vários ebooks com modelos, frameworks e amplo conteúdo sobre o tema e tornou-se mais que uma referência, mas um padrão na educação e desenvolvimento de uma cultura centrada no ser humano através de abordagem e técnicas de design thinking:
- https://dschool.stanford.edu/
- https://dschool.stanford.edu/resources/dschool-starter-kit
- https://dschool.stanford.edu/resources/library-of-ambiguity
- https://dschool.stanford.edu/resources/design-thinking-bootleg
- https://web.stanford.edu/group/redlab/cgi-bin/publications_resources.php
- https://web.stanford.edu/group/redlab/cgi-bin/materials/Kwek-Innovation%20In%20The%20Classroom.pdf
Uma das revistas mais influentes, senão a maior da atualidade, a Harvard Business Review e publicações da Harvard Business School dedicam atenção ao Design Thinking em artigos como:
- https://hbr.org/2015/09/design-thinking-comes-of-age
- https://hbr.org/2008/06/design-thinking (Tim Brown)
- https://www.hepg.org/hep-home/books/design-thinking-in-schools
- https://www.gsd.harvard.edu/publication/design-thinking-in-the-digital-age/
Não posso deixar de fora o onipresente framework da Google Ventures, batizado de Google Design Sprint, um sequenciamento de técnicas de uma semana que contribuiu em muito para a disseminação deste modelo mental e prática voltada a geração de valor:
Sobre Design Thinking para educadores, diferentes sites e abordagens, ilustrado abaixo, pela IDEO e Riverdale School, o abrangente site Edutopia, que possui variados artigos para educação em geral e o instigante programa internacional da IBO chamado de MYP (middle years programme):
- https://designthinkingforeducators.com/
- https://www.innovationtraining.org/design-thinking-for-educators-resources/
- https://www.edutopia.org/
- https://www.ibo.org/programmes/middle-years-programme/curriculum/design/ (desde 2014 incorporou design thinking como disciplina, mudando a de tecnologia para Design)
O primeiro passo é … estudar, mas a partir de um mínimo de conhecimento … é mão na massa, experimentar, aprender com as experiências, ir variando, experimentando e melhorando.
A tempo, no início desta década, com destaque ao Gartner, difundiu-se uma combinação de diferentes abordagens, de forma a contemplar os melhores frameworks e autores de nossa época, sintetizando em um único modelo diagramático o design thinking, lean startup, UX e Agile. O artigo do Gartner é pago, então aqui tem uma boa resenha – https://www.digi-corp.com/blog/understanding-how-design-thinking-lean-and-agile-work-together/

O céu é o limite … escolha por onde iniciar, talvez pelo início, boa sorte!
Alguns posts publicados entre 2014 e 2018 sobre Design Thinking e derivados:
- https://jorgeaudy.com/2014/08/14/design-thinking-uma-semana-em-uma-hora/
- https://jorgeaudy.com/2014/05/31/e-por-falar-em-design-thinking/
- https://jorgeaudy.com/2018/02/13/o-mindset-do-design-thinking-na-educacao/
- https://jorgeaudy.com/2015/01/26/design-thinking-na-educacao/
- https://jorgeaudy.com/2014/06/12/human-centered-customer-centered-ou-dolar-centered/