Compreendo o valor do Business Model Generation do Alexander Osterwalder, enquanto pioneiro na proposta de um canvas A3 que permita uma visão suscinta, mas holística em um modelo de negócios, passível de ser co-criada e compartilhada de forma simples e assertiva.
Assim como Eric Ries e Steve Blanc, o Alexander Osterwalder e Ash Maurya contribuiram para a construção de um novo mindset, que teve foco inicial em startups e que na sequencia entrou nas grandes empresas, primeiro em unidades de inovação, depois estabelecendo um novo mindset.

BMC – BUSINESS MODEL CANVAS – ALEXANDER OSTERWALDER
Esse cara, Alex Osterwalder, entrou para a história com o seu livro e a forma como o construiu, iniciando um movimento que gerou em muito pouco tempo um padrão para modelagem de negócios inovadores, criativos e ainda embrionários, onde um plano de negócios era irrazoável.
Especialmente útil para ideias de negócios com matriz tecnológica baseada em software, onde o maior e principal ativo é o conhecimento. Não por acaso, startups, incubadoras, aceleradoras e investidores, rapidamente estabeleceram como padrão o seu uso, versátil e muito assertivo.
Business Model Generation foi o livro que iniciou um movimento, não a partir de seu lançamento, mas desde a ideia, foi co-criado por 470 profissionais de 45 países. O livro mostra os modelo de negócios mais comuns através de uma ferramenta estratégica, apresentando não só o Business Model Canvas, mas também o Empathy Canvas e o Value Proposition Canvas.

LC – LEAN CANVAS – ASH MAURYA
O Lean Canvas, técnica posteriormente proposta por Ash Maurya a partir do BMC, é para mim uma técnica mais alinhada ao mindset startup e de design thinking, no LC temos uma visão inicial e empática, desde o início, o problema para o qual estamos desenhando o modelo de negócio.
No BMC, iniciamos já pressupondo o conhecimento mínimo do problema e partimos para uma modelagem baseada neste fato, mas no LC iniciamos pelo início, pela materialização do problema e solução atual, também trabalha diferencial e métricas, em especial UVP e uma metáfora conceitual.
O principal objetivo na criação do Lean Canvas era torná-lo uma técnica o mais acionável possível, mantendo o foco no empreendedor . A metáfora que Maurya tinha em mente era a de um plano ou projeto tático essencial, que guie o empreendedor enquanto ele navega desde a concepção até a construção de uma startup de sucesso.
Iniciar pelo mapeamento das personas ou segmentos do cliente, carece da origem, da empatia, da pesquisa, na minha opinião iniciar pelo problema nos obriga a materializar a nossa visão completa da ideia, contexto, histórico, solução imaginada, métricas de sucesso, proposta única de valor (imprescindível), conceito de alto nível (entenda como metáforas ou subsunçores) e diferencial.

Vale a pena ler o artigo escrito pelo próprio Maurya, explanando todo o histórico no desenvolvimento do LC, um cara que já tinha na bagagem um dos melhores livros sobre empreendedorismo, o mítico Running Lean, que hoje não ouço muito falar, mas em 2012 era presença obrigatória em qualquer palestra sobre empreendedorismo – https://blog.leanstack.com/why-lean-canvas-vs-business-model-canvas-af62c0f250f0
Neste livro, Ash Maurya conduz uma estratégia exata para alcançar um “produto / mercado adequado” para um empreendimento inovador. Durante todo o processo, ele se baseia nas ideias e conceitos de metodologias inovadoras, incluindo startup enxuta, desenvolvimento do cliente e bootstrapping.
- Encontre um problema que valha a pena resolver e, em seguida, defina uma solução;
- Envolva seus clientes em todo o ciclo de desenvolvimento;
- Teste continuamente seu produto com iterações menores e mais rápidas;
- Construir um recurso, medir a resposta do cliente e verificar / refutar a ideia;
- Saiba quando “pivotar” mudando o curso de seu plano;
- Maximize seus esforços para velocidade, aprendizado e foco;
- Aprenda o momento ideal para levantar sua “grande rodada” de financiamento.
Aspectos de suas ideias sobre empreendedorismo
Tudo começa com uma ideia e um sentimento maior que nós mesmos que nos leva a querer fazer algo inovador. No século XX este impulso nos levava a métodos e abordagens criadas para produtos e serviços tradicionais, a extensos planos de negócio, onerosos processos de adivinhação e projeções.
Desde o início do século XXI, profissionais que se tornaram lendas do Vale do Silício propuseram novas ferramentas, novas abordagens, iniciar não pela solução, mas pela empatia e disposição em encontrar um problema que vale a pena ser trabalhado, a solução passou a ser uma consequência.
Encontrar um problema ou desafio exige empatia, aproximação, algo que pode nos levar a confirmação ou a algo completamente diferente (pivot). Inverteu a lógica de quanto as pessoas pagariam pela sua ideia (produto ou serviço), mas se a ideia é o que de melhor podemos fazer e propor a estas pessoas.
É preciso focar no valor em equidade, para o cliente, empresa, stakeholders, partes envolvidas. Logo, (1) entender o cliente e o seu problema, (2) idear soluções possíveis, hipóteses e MVP, (3) para validação de seus aspectos mais relevantes, mudando se necessário, (4) depois validar sua escala.
Assim fica fácil entender porque no LC iniciamos pelo problema e clientes, UVP e solução (hipótese), canais e rentabilização, custos e métricas de sucesso, fechando com diferencial competitivo em relação … ao primeiro ponto, que é o problema e suas soluções atuais, cientes e early adopters … sensacional!
Há uma ferramenta online para construção do LC – https://leanstack.com/lean-canvas
Olá
Gostei do assunto e como vc o explicou , mas acho que seria interressante trocar as cores de fundo e letras…..ficou muito pesado para leitura.
Sei que toda escolha tem um porquê !!
Att
Ricardo
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Grato pela sugestão, vou conversar com um UX e pedir ajuda na questão das cores.
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