Experiência é um termo mais que assimilado e bastante explorado por metodologias e modelos, basicamente tira o foco do como, migrando para porque, no que ele proporciona e o sentimento que ele gera. Enquanto um aumento ou mecanismos tem efeito temporário, são voláteis, uma experiência significativa gera vínculo, engajamento, comprometimento.
Semelhante ao trabalho cotidiano em empresas para conexão com seus clientes, persona, jornada atual e ideal. Usamos Employee Journey Maps e Services Blueprints, com foco não apenas nos aspectos formais, mas também no informal e nas emoções. Compreender jornadas e enriquecê-las com emoções, percepções e informações.
Employee Experience
O livro de Jacob Morgan (2017) e artigos na Forbes da Denise Lee Yohn (2018) destacaram o um processo evolutivo de valorização dos colaboradores como um grande ativo das organizações. Não se trata apenas de espaços divertidos e inusitados, benefícios, oportunidades, mas uma experiência positiva e identidade coletiva entre colaboradores e deles com a empresa.
Bem antes de 2017, aqui mesmo no TecnoPUC, percebíamos desde 2010 várias empresas empenhadas nesta construção, áreas, equipes e programas criados com este desafio, modelar aquilo que Jacob Morgan e Denise Lee Yohn chamariam de Employee Experience. Estamos falando de um grande mix envolvendo mais sinergia de fato nas relações de trabalho.
Não trata-se (apenas) de benefícios e ambientes maiores, puffs amarelos, mesa de sinuca com pizza grátis, diz respeito a experiência construída por uma relação positiva e transparente, iniciando desde o desejo de ali trabalhar, entrevista, contratação, interação, conexões, conhecimento, incentivos, protagonismo, algo que envolve o individual, o coletivo, o organizacional e o ambiental.
Não confunda, não é o mesmo que RH Ágil, apesar de ter sinergia e convergência com o manifesto do RH Ágil, que reposicionou a área em relação a uma nova cultura que valoriza e prima pela constituição de organizações humanas mais empáticas e flexíveis no estabelecimento de uma cultura que atraia e retenha talentos, necessários para os desafios do século XXI.

Escrito por Jacob Morgan, um guia de estratégia com um passo a passo de todo o processo para construção de uma real experiência do colaborador (employee experience). Depois de alguns fundamentos e justificativas, o livro mergulha em explicações dos três ambientes envolvidos nesta experiência – ambientes físicos, tecnológicos e culturais.
Após apresentar as bases deste movimento, propõe um caso de negócios para transformar-se em uma organização experiencial, insights e métricas levantadas em entrevistas com 150 executivos, revisão bibliográfica de 150 artigos, envolvendo mais de 250 organizações globais. Finalmente, compartilha uma coleção de estudos de caso e exemplos em experiência do funcionário:
- Quais os diferenciail competitivo gerado pelo EX;
- Os pontos mais valorizados pelos colaboradores;
- Por que a EX passa a ser uma área de investimentos nas organizações.
O autor define “experiência do funcionário” como uma organização que cria um lugar onde as pessoas QUEREM estar, em vez de presumir que as pessoas PRECISAM estar. Essa mudança de “necessidade” para “querer” é a mudança fundamental que as organizações em todo o mundo estão começando a experimentar.
Este prisma acaba justificando o investimento em novos espaços de escritórios, programas de saúde, bem-estar dos colaboradores, licenças paternidade além da maternidade, alimentos saudáveis, flexibilidade no horário e local, como home office e muito mais. A experiência do funcionário é composta por três ambientes:

1. Ambiente Cultural
É preciso entender que cultura corporativa diz respeito a sentimentos. Se o ambiente físico é aquele que você pode sentir fisicamente através dos sentidos, o ambiente cultural é o que se sente, o que o faz acordar animado e engajado para mais um dia em um local e contexto que o inspira a ir além, a fazer a diferença. Pode energizar ou esgotar, impossível não ser afetado por ele, positiva ou negativamente.
2. Ambiente físico
O espaço que podemos ver, tocar, cores, formas, odores, sabores, a interação e tudo o mais que está a nossa disposição, salas, espaços, refeitório. Feche os olhos e pense, o quanto voc~e se sente motivado ao entrar a cada manhã no prédio, na sala do seu trabalho. Open spaces ou salas individuais não é a questão, mas como as usamos, liderança, colegas, processo.
3. Ambiente Tecnológico
Quais as ferramentas que temos a disposição para realizar nosso trabalhos, equipamentos, sistemas, aplicativos, ferramental. A tecnologia tende a ser cada vez mais um diferencial positivo ou negativo e a cada ano isto vai se intensificar. Enquanto experiênia, cada solução a nossa disposição, se bem projetada, valorizará a experiência, integração, sinergia, fazendo mais com menos.