“Dashboard é uma ferramenta de gerenciamento de informações que permite acompanhar visualmente, analisar e exibir indicadores de desempenho, métricas, dados importantes para monitorar a saúde de um negócio, departamento ou processo” – Klipfolio
A tempo, tenho experimentado quadros MIRO cada vez mais ricos em informações e indicadores, essa ferramenta tem se mostrado útil muito além do que imaginávamos até Fevereiro de 2020, vai além de uma parede de alvenaria, ele possibilita quadros, murais, hiperlinks e muito mais.

No site https://www.dashboarddesign.com.br/o-que-e-dashboard/ podemos acessar exemplos e vídeo-aulas sobre a construção e uso de dashboards sob um prisma muito prático. Cada time, cada empresa, cada projeto ou produto, pode se beneficiar de uma gestão visual estratégica ou tática.
Em Julho de 2014 fiz um post ingenuo sobre o tema, mas categórico, baseado em interações com startups da incubadora RAIAR, onde tinha muitos amigos, na aceleradora Estarte.Me onde atuei como Agile Coach por meio ano em 2013 e em eventos TecnoTalks para startups, comuns em 2013 e 2014.
Em Dezembro de 2014 me redimi, fiz um post logo após uma visita à Wallmart.com em Alphaville-SP, ali ampliei e aprofundei dicas e informações práticas sobre dashboards de diferentes naturezas. Em especial a necessidade que a sua atualizado pelos verdadeiros protagonistas a cada iteração.

Depois disso me aprofundei em abordagem como a EBM (Evidence Based Management) da scrum.org e F4P (Fit for Purpose) do David Anderson, bem como ampliei meu repertório sobre coaching, facilitação, técnicas e métricas em adoção Agile … descortinando cada vez mais opções.
Como todo quadro de gestão visual, temos alguns que são estratégicos, alguns são táticos e outros operacionais, logo, dashboards seguem os mesmos modelos conceituais. Como no flight levels do Klaus Leopold, temos o nível operacional, de coordenação e estratégico.

Fui mentor em 2020 na criação de uma estrutura e processos em uma área de negócios digitais, planejamos dashboards desde a estratégia junto a stakeholders mostrando quais as iniciativas e informações essenciais para acompanhamento, com drill-down para governança com mais dados sobre os projetos, com drill-down para os times, com burnup, burndown, métricas e indicadores da última review, do produto em produção, inclusive do indicadores do SonarQube e Jenkins.

PROPRIEDADE E UTILIDADE
Inexiste no século XXI, qualquer board ou dashboard útil de verdade se não estiver visível a todos os diretamente interessados, que podem e devem interferir, questionar, apropriar-se de seu conteúdo, origem e consequencias. É para ser um artefato VIVO!
Exemplo: Os times envolvidos em um produto ter sempre visível seu roadmap, com destaque à etapa atual, KPI’s, OKR’s, ter quadros de objetivos, tendência e projeções, mais ainda, ter métricas do produto já entregue. Algo que o mantenha ligado ao cliente, seus feedbacks, funil, indicadores.
Comece pequeno, fruto de discussão multi-disciplinar em uma primeira versão onde o time, líderes ou board que o consumirá confie e se beneficie de seus dados. MENOS é MAIS, não pense qual fica melhor, mais colorido e chamativo, pergunte o que as pessoas querem por gerar valor ao seu dia a dia.
DESPERDÍCIO
Sempre valorizei mais o conteúdo que a forma, de nada adianta ter quadros bonitos sem utilidade, não tem valor manter nas paredes ou em boards virtuais informações defasadas ou inúteis. Fazê-lo passa um recado de que as coisas são Fake, não pecisa ser real, só parecer.
Já conheci empresas com tantos quadros nas paredes que não pude me conter e sai perguntando a cada um que passava o significado de um deles, qual valor que agregava … Tem pessoas que a cada workshop que vai, na volta é mais um ou dois quadros na parede ou board, quanto mais, melhor.
É a cultura da vaidade, é ganhar mérito por começar e jamais por gerar valor de fato. Conheci muita gente vidrada no marketing dos quadros, postits e estatísticas … mas os times não estavam nem aí para aquilo tudo, sempre quietinhos, porque para eles aquele buzz todo também era bom.
Não enfie tudo isso em um quadro grande e colorido com o objetivo de ser O criador do quadro, é o mesmo que ir ao Louvre, não gostar de arte, mas tirar uma foto na frente e postar no Facebook. Um dashboard é evolutivo, incremental, útil aos envolvidos, com momentos colaborativos ciclicos.