Um dos aprendizados mais intensos em ferramentas e dinâmicas desde o início da pandemia é o uso combinado de um bom videomeeting como o ZOOM, uma boa plataforma EAD como o MOODLE, um repositório na nuvem como o ONEDRIVE e o uso hibrido de dinâmicas síncronas e assíncronas.
Não é fácil, depende muito de manter o interesse de todos, nosso papel é instigar, provocar a curiosidade, principalmente mostrar valor em cada tema, mas inexiste jogo ou abordagem que mude quem que já decidiu que não vai participar, que vai usar todas as brechas para não precisar interagir ou aprender.
- Oferecer dinâmicas interativas em uma boa plataforma de vídeomeeting como o ZOOM é importante, que oferece variados recursos, em especial os de salas de trabalho separadas;
- Outra ferramenta fantástica desde que tudo mudou é o MIRO, um whiteboard infinito que nos permite estruturar o conteúdo, criar dinâmicas e jogos, mantendo tudo acessível no mesmo board;
- Gravar cada aula, salvar na nuvem como no ONEDRIVE e disponibilizar àqueles que não se conectaram em uma boa plataforma de aprendizagem é importante neste novo normal;
- O MOODLE é fantástico enquanto meio assíncrono, permite avisos, fóruns, estruturação de conteúdo (direto ou indireto via links) por encontro ou tema, com ferramental para todo tipo de interação;
- Além destas ferramentas pagas, talvez tão importantes quanto em uso eventual e específico, também é possível usar várias freemium, como o Kahoot, Mentimeter, Trello, Google Drive;
- Finalmente, temos a curadoria de links para posts, artigos, pesquisas, canais de vídeo, sites e blogs. Valorizando o conteúdo e a indicação de nomes que é essencial seguir, incluir no networking.
A cada aula ou agenda, é importante deixar bem explícito um número que indique a sequência, com a data, título do encontro, lista de participantes e ter um board que delimite tudo o que vai ser ou foi trabalhado. Isso permite que facilmente naveguemos e rastreemos conteúdos e temas já trabalhados.
Usualmente os conteúdos são extensos e é preciso avaliar e decidir se manteremos tudo em um único board do Miro ou em mais de um, uma disciplina de GP, por exemplo, eu divido em três boards. Isso é importante para os alunos ou participantes que eventualmente acessam em conexões mais lentas ou pelo celular.
Desde o início e a cada encontro, dar sempre a possibilidade de feedback, há várias formas, todas relevantes, algumas divertidas, outras inusitadas, mas todas nos oferecem possibilidades de melhoria, sugestão de ferramentas, técnicas, mídias, mas lembre de pedir dicas para nós (educador) e para eles próprios (colegas).
O feedback pode ser via MIRO, tem canais no MOODLE e temos o Mentimeter para o pessoal contribuir com expectativas ou sugestões, gerando listas visuais de sugestões, todas em tempo real e anônimas. Na primeira aula e todo o tempo, um mural de feedback e expectativas espontâneas para professor e alunos.
As vezes, com o Kahoot vale um mimo, uma competição como na aula 7, um quiz ou jogo em que ao final envio uns brownies para os vencedores … um empreendimento de ex-alunas. Em algumas aulas coloco um pop-rock de fundo ou assistimos e debatemos o vídeo de alguém de referência.
Sempre ofereço um dos encontros para que os alunos compartilhem as ferramentas que mais curtem e que podem ser úteis aos colegas e sempre é uma surpresa. Rola de tudo, gestão de produto, projeto, equipe e pessoal, modelagem e organização. Tenho uma lista de uma centena já apresentadas.
É importante termos oferta de conteúdos de múltiplas origens, pelo educador é claro, mas também invertida, pelo compartilhamento ou resultado de estudo proposto aos alunos ou participantes. Oferecer links de vídeos e conteúdos diversos de qualidade é um complemento extra muito positivo a quem quer ir mais fundo.
É muito relevante os colegas compartilhando e demonstrando ferramentas e forma/valor no seu uso, na última rolou Asana, Jira, Bizage, Teams, Trello, Notion, Sqed, Qualitor, Sonar Qube, Aure DevOps, algumas do GDrive. Ver colegas mostrando ferramentas úteis, como as usam e porque gostam é sempre muito impactante.
Meu post anterior foi exatamente compartilhando o uso de jogos, ilustrativos ou interativos, como meio didático para ensino e aprendizagem. Os jogos não são uma regra, conforme o perfil e características da turma os uso de forma alegórica, movimentando as peças e ilustrando seu passo-a-passo.
Importante a cada encontro ir mapeando os interesses e preferências gerais da turma, pois cada grupo tem suas características e em cada abordagem é possível auferir ganhos didáticos sem impor uma abordagem única. As vezes o jogo, uma animação ou exposição, sempre gerando um debate durante e depois.
O MOODLE é um capítulo a parte, a cada encontro temos sempre a oferta do conteúdo didático utilizado como material de apoio, via de regra um PDF, mais a oferta do vídeo gravado pelo ZOOM para os alunos que não puderam comparecer, mais links complementares de vídeos, podcasts e textos frutos de sua curadoria.
Eu cito e compartilho uma centena de links adicionais, vários a cada encontro, oferecendo conteúdo que tem o papel adicional de indicar grandes nomes da área – regionais, nacionais e internacionais. É uma forma dos alunos irem se acostumando ou incentivar fóruns e networking fartamente oferecidos na web.
Exemplo 1 – início Moodle) No topo de cada disciplina, calendário, descrição geral, mural de avisos, fórum da disciplina, vídeo-tutoriais das ferramentas, links recorrentes para os vídeo-meetings e Miro.
Exemplo 2 – encontros Moodle) Cada encontro, inicia um tópico com data e título/objetivo, seguidos por uma breve descrição e imagens do tópico proposto e depois construído no MIRO, para então colocar o PDF, o vídeo e uma lista de links adicionais com o que de melhor há em conteúdos sobre o tema em questão.
Jorge Horácio "Kotick" Audy 