Conhecemos por duplo diamante uma das representações diagramáticas do Design Thinking (DT), proposta visual aparentemente proposta pelo Design Council. Uma proposta que materializa a necessidade de não apenas perguntar e responder, mas ver por todos os ângulos, mesclar diferentes pontos de vistas a cada passo, entender, idear, prototipar, planejar, validar a cada passo, até a conclusão:
Metodologias ágeis se utilizam dos mesmos princípios baseados em colaboração, capital intelectual coletivo, senso de pertencimento e ciclos curtos de feedback. Com o tempo, deixei de usar os diagramas clássicos do Scrum, desenvolvendo um diagrama que traduzisse minhas convicções, com pequenos duplos diamantes a cada sprint, contendo o DoR e DoD (Definition Of Ready e Done):
A esquerda, a fase de pré-game é um grande duplo diamante, usando técnicas diversas para entendimento, observação e seleção de alternativas, prosseguindo com ideação, prototipação, validação e planejamento em iterações, encerrando com um planejamento inicial, MVP, sempre iterativo-incremental-articulado.
Nos ciclos iterativos-incrementais, cada sprint, cada combinação de DoR seguido de DoD é um pequeno duplo diamante, cada ciclo de entendimento, discussão e especificação na parte de cima (discovery), complementado por definir o design, desenvolvimento, testes e homologação na parte de baixo (delivery).
Ciclos concorrentes, onde o discovery/DoR está sempre um passo a frente, pré-requisito do ciclo de delivery/DoD, este quando estiver sendo executado tendo em paralelo inicio e especificação de um novo discovery/DoR, imprescindível para a próxima iteração, o próximo duplo diamantezinho dos nossos sprints.
O desenho acima foi como tudo começou quando tentei diagramar o método SCRUM de uma forma em que o ciclo de DoR de Discovery seja precedente ao ciclo de DoD de Delivery. Desta forma, teremos sempre ciclos concorrentes e subsequentes em pedaços mais relevantes e cronologicamente organizados.
Antes mesmo de compartilhar o diagrama, fui refatorando por achar que estava muito complexo com os diamantezinhos, concluindo que uma simples alusão a eles, usando uma diagramação mais simples seria melhor, chegando ao desenho final que adotei, do qual tenho muito orgulho pela sua objetividade e clareza:
O grande James Shore em 2012 apresentou no Agile Brazil seu modelo de fluência, onde é possível perceber a agilidade desde o primeiro passo, assim que uma equipe ou empresa inicia sua caminhada. Quem acha que somente faz Design Thinking quem usa blocos coloridos, sucata, ludificação extrema, desculpa aí, mas não sou de amenizar … é porque não entendeu nada!
NÃO acredito em receitas mágicas, monolíticas, sou defensor da convergência metodológica. Quem não conhece todas as melhores e mais usadas metodologias, frameworks e conceitos do seu tempo, tende a ter uma visão monocromática ou limitada de causas e efeitos, aposta na sorte: As vezes da certo, as vezes não!
Design Thinking é modelo mental complementar e sinérgico aos Scrum, Kanban, Lean Startup, Gamestorming, Lean Office, todos seguem os mesmos princípios e nenhum deles imprescinde dos demais métodos. É um grande risco aplicar qualquer um deles sem analisar complementariedade metodológica, mínimo necessário x desperdícios, valor e foco, negócio, tecnologia, equipe e stakeholders.
Gostaria de me aprofundar nesses conceitos… por onde devo começar?
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Para Scrum há bons livros, diferentes em conteudo, o meu, o do Rafael Sabagh, Vitor Massari, mas tem cursos online legais como o Zen do Allison Vale, alem dos cursos oficiais da Adaptworks, Caelum, …
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No youtube tem muitos videos, maioria em Ingles, mas tambem em portugues. Em blogs tem muita coisa, muitos nomes de referencia aqui no Brasil. Tem em todas as capitais os GU da Sucesu e grupos relacionados a parques tecnologicos e incubadoras que promovem bons workshops e debates
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Aqui tem toda semana quase, nesta quarta terá Tecnotalks sobre documentação ágil … Muita gente boa, o bicho vai pegar 🙂
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