Pipeline como gestão visual

Esse termo é utilizado em variados contextos, na minha adolescência o usávamos ao discutir sobre Surf, olhando as fotos da revista Fluir, comparando condições do mar com os míticos tubos rápidos, longos e secos, estilosos de Pipeline.

Entretanto, pipeline pode ser uma ferramenta que mostre o fluxo de um processo relevante do cotidiano de áreas e profissionais. Essa abordagem permite a fácil identificação, análise e ações em relação ao andamento, etapas, fluindo em relação ao nosso objetivo.

No RH, por exemplo, temos o pipeline de contratação, é possível explicitarmos em etapas cada passo desde a abertura, divulgação, recepção, avaliação, entrevistas, decisão, documentação, efetivação e integração.

Em vendas, temos análise de mercado, contato, visita, proposta, decisão, minuta, contrato, assinatura, encaminhamento, e assim como no RH, reproduzimos na parede uma visão tática de nosso trabalho.

Outras áreas, como Planejamento, Contratos, Consultoria, Marketing, Eventos, … se beneficiam ao assumir uma abordagem ágil ao materializarem em um quadro sua estratégia, tática e execução. Se falar Kanban eles dizem que não é para eles, mas se falar Pipeline, rola! \o/

Como construir um Pipeline Visual?

Lembre-se que feito é melhor que perfeito, seja ágil, iterativo-incremental-articulado, inicie rapidamente e evolua a cada aprendizado ou retrospectiva.

1. Aquecendo sinapses e conexões – Comece por uma boa técnica sobre “quem nós somos”, “missão”, “o que fazemos”, “como trabalhamos”, se utilizando de alguma das técnicas já compartilhadas e disponíveis no nosso Toolbox, como SWOT, É|Não É, Role Model Canvas, etc;

2. Mapeie seu fluxo de trabalho, foque naquele que queremos modelar no pipeline, como vagas até contratações no RH, como prospects até contratos em vendas, podendo usar Personas, Jornadas, Storytelling, Fluxos de valor, etc;

3. Faça uma checagem do fluxo a luz de passos adicionais de valor significativos a serem explicitados na alçada de “clientes”, parceiros ou “fornecedores”. Isso é importante para não olharmos só para dentro, mas ao fluxo de forma holística;

4. Desenvolva em cada uma de suas etapa mapeadas buscando as tarefas executadas em sua operação, isto permitirá eventualmente não só confirmar o fluxo e a divisão em etapas como alinhar um certo padrão formal ou informal de tarefas x etapas;

5. É muito significativo tentarmos materializar conceitos de WIP (work in progress), tempos médios esperados, baseados em histórico, e Throughput (número de entregas por período) … o que nos oferece cada vez maior auto-conhecimento de nossa capacidade e tática;

6. Registre lições aprendidas em uma linha própria, normalmente a última em destaque, registrando riscos e oportunidades, pontos de atenção. Está alinhado a proposta de regras explícitas do Kanban e ajudarão muito no dia-a-dia;

7. Desde o início explicite suas metas e indicadores, assim o quadro terá um forte apelo a ação, convergência, proporcionando boas reuniões diárias e semanais de alinhamento e geração de micro-planos de ações para maximização de resultados.

Parece muita informação ou em um espaço tão limitado, mas é apenas o caso de usar bom senso e evoluir (Kaizen) permanentemente a cada aprendizado, na prática é como dirigir, no começo parece difícil, mas depois abstraímos e nem percebemos o freio, pisca, acelerador, etc.

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