Ao iniciar uma reunião, assim que abrirmos com uma boas vindas, antes mesmo do checkin, é preciso apresentar o que estamos fazendo ali, o que chamo de slogan, mais o burnup … que nada mais é que uma visão diagramática do programa, do que está previsto acontecer.
Se é uma reunião que seguirá qualquer modelo ou método, se é um evento com vários protagonistas, se é um curso com certo conteúdo, importante explicitar cada slot de tempo, o responsável, o que vai acontecer, é uma boa forma de monitorar, não se perder no tempo e fazer os ajustes se necessário.
A técnica segue princípios ágeis, primeiro ter consciência do objetivo e o compromisso, importância em atingi-lo, segundo, executá-lo sem abandonar a premissa de geração de valor, de nada adianta cumprir a agenda e ter um resultado inaceitável, terceiro, contar com a ajuda de todos.
Exemplo 1 – BurnUp da Reunião
Imagine uma reunião de quatro horas, para a qual temos um roteiro relevante, como abertura, check-in, brifing, debate, plano de ação, check-out, encerramento. É muito útil manter este planejamento a vista de todos, mais importante ainda ir demonstrando a execução x passagem do tempo.
Conheço facilitadores e eu mesmo já usei diferentes formas, uma lista com uma barra igual a de download, que vamos riscando, uma lista com horários previstos, que vamos marcando o realizado, uma matriz com pauta e horários onde vamos marcando.
Sabendo usar e valorizar, tornando visível antecipações, atrasos, é inevitável que os participantes se sintam mais responsáveis pela execução com sucesso, bem como proponham ações para recuperar, acelerar ou aproveitar mais ou melhor o tempo. A foto abaixo é o exemplo da Lean Inception:
Exemplo 2 – BurnUp do Evento
Em um evento é ainda mais relevante, explicitar o programa, hora de início e fim de cada palestrante ou facilitador, de forma que cada um deles preencha a passagem do bastão (que esperamos seja no horário), o que permite inclusive uma negociação clara e transparente de ajuste se necessário.
A foto foi de um TecnoTalks, a esquerda o horário previsto de início de cada um, que ficava bem grande no quadro junto a projeção e dos palestrantes e facilitadores. Assim como todas as técnicas ágeis, uma forma de democratizar e favorecer a auto-organização, onde até que apenas assiste pode colaborar.
https://jorgeaudy.com/2016/03/22/burnup-em-eventos-e-para-quem-curte-auto-organizacao/

Exemplo 3 – BurnUp do Curso
Em um curso ou disciplina mais prolongada, temos o monitoramento de dias x conteúdo previsto. Novamente, não com o objetivo de pesar mais a forma que o conteúdo, mas pelo contrário, permitir que o instrutor ou professor se auto-organize e adapte-se ao andamento, interações, exercícios.
No meu caso, uso uma expanção do Course Design Canvas, parametrizo minhas disciplinas da graduação e MBA’s de forma que eu tenha metas de conteúdo dia a dia. Assim, se durante uma aula fico um pouco a frente ou atras, por oportunidades ou dificuldades, ajusto na aula seguinte.
https://jorgeaudy.com/2019/02/06/the-course-design-canvas-adaptado-e-expandido/


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