Robert M Metcalfe foi um dos pioneiro no Xerox Palo Alto Research Center nos anos 70, co-inventor da Ethernet, fundou e presidiu a 3Com Corporation, que em 2009 fundiu-se à HP. Também foi CEO da InfoWorld Publishing Company do IDG entre 1992 e 1995.
A Lei de Metcalfe é a hipótese formulada onde “O valor de um sistema de comunicação cresce na razão do quadrado do número de usuários do sistema!”
São três teorias que contam uma história, Sarnoff disse que o valor de uma rede é proporcional ao seu tamanho, Metcalfe que é proporcional ao seu tamanho ao quadrado, Reed que o valor se exponencializa pelas conexões, mas também pelo potencial de geração de subgrupos de interesse (redes em rede).
Três leis conceituais, ilustrativas de sua época, Sarnoff foi um dos pioneiros da rádio nos EUA no início do século XX, Metcalfe um dos criadores da Ethernet nos anos 70, enquanto Reed, cientista da computação pelo MIT, contribuiu com as redes sem fio já nos anos 80.

Aplicando Metcalfe a Times (ágeis)
Ao contrário de uma rede de comunicação, no tamanho de uma equipe de trabalho praticante dos princípios ágeis, há um teto de forma a permitir um real senso de time, participação ativa, sinergia pela colaboração, não só operacional, mas também tática.
Times ágeis, via de regra, possuem um teto de até 10 pessoas, voltado a otimizar a interação e sinergia que potencialize a comunicação e resultados cada vez melhores. No conceito de auto-organização, temos um grupo que potencializa seus resultados e se beneficia pela força de seu conjunto.
Quanto maior o número de participantes, maior a entropia inicial rumo a auto-organização e a sinergia. Se o número continuar crescente além de um teto plausível, aconselha-se a divisão em dois times e a instituição de mecanismos em escala, caso contrário a entropia pode ser mais duradoura ou permanente.
No Scrum tem-se a recomendação de times com média de sete, flutuando entre cinco e nove, no método proposto dor Kniberg, conhecido como método Spotify, temos o número girando em torno de oito, até mesmo no famoso trabalho de Tuckman, levado às organizações por Wheelan, temos o teto de dez.
Estabelecer a colaboração, senso de pertença, tomadas de decisões importantes de forma colegiada, apoio mútuo e foco na melhor soma de resultados, exige muita comunicação e assertividade. É neste ponto que o estudo de Metcalfe pode ser útil, pois a cada novo integrante temos mais N-1 conexões adicionais.