Caraca, fui atrás do artigo seminal de David Snowden sobre o modelo CYNEFIN (*) de 2000, e descobri que é um modelo que se propõe e vai muito além da reflexão sobre os tipos de sistemas (simples, complicado, complexo e caótico) organizacionais, na verdade é GC na veia, os diferentes tipos de sistema embasam seus estudos sobre a gestão do conhecimento em diferentes tipos de organizações a partir do tipo de sistema por elas vivenciado, uma aplicação prática da Teoria da Complexidade em sinergia com Gestão do Conhecimento.
(*) Cynefin , um sentido de tempo e lugar : uma abordagem ecológica para o senso em fazer e aprender em Comunidades Formais e Informais (leia o artigo).

Cientista e filósofo, conhecedor da Teoria do Ba, SECI e GC, trabalhava para a Sciences Data Ltda, empresa adquirida pela IBM, tornando-se diretor do Instituto IBM para Gestão do Conhecimento, criador do Modelo CYNEFIN destinado a Práxis da Teoria da Complexidade dentro das organizações e fundador do Centro Cynefin de complexidade organizacional.
Snowden descreveu modelos que demonstram a impossibilidade de um único modelo resolver os quatro diferentes tipos sistêmicos e organizacionais. O modelo Cynefin representa estes diferentes tipos de gestão do conhecimento necessários para a organização e execução destas tão diferentes naturezas, valendo para cultura, objetivos formais ou informais.
O principal foco é ampliar o auto-conhecimento sobre as bases da gestão do conhecimento propôr um melhor entendimento de cada comunidades e seus contextos, podendo estes fluirem desde um modelo cartesiano e previsível até um baseado intrinsecamente ao desconhecido e a inovação.
David John Snowden nasceu em 1954, consultor e pesquisador na área de gestão do conhecimento, fundador e diretor científico da rede conhecida como Cognitive Edge para pesquisas da teoria da complexidade, sendo ele uma das maiores autoridades nesta teoria aplicada às organizações.

O principal case que tenho para compartilhar, óbvio, são os métodos ágeis, pois de nada adianta tratar desenvolvimento de software como se estes fossem sistemas simples ou complicados, é necessária a percepção da necessidade de uma gestão de conhecimento baseada em auto-organização, valorizando ao máximo técnicas iterativo-incrementais que favoreçam a adaptatividade ao invés da previsibilidade.