X Seminário sobre GP do PMI-RS

A edição deste ano do Seminário do PMI-RS entrou definitivamente para meu álbum de recordações, o Mini-Curso de SCRUM era um desafio, ministrar todo o conteúdo em menos de seis horas, a palestra foi uma parceria de luxo com o Paulo Caroli da Thoughtworks, também um desafio, aplicar jogos e sacudir uma previsão de mais de 500 pessoas presentes. Ao final, chamo a atenção para uma abordagem PMI do Business Model Canvas, através da criação de um Canvas de Projeto que reflete explicitamente o PMBOK, com o Prof Finocchio e o livro do Fábio Cruz, princípios ágeis sendo incorporados as práticas dos PMP    \o/

Mini-Curso: “Princípios por trás de um time Scrum”

Como sempre, imprimi ao curso uma visão construtivista, várias dinâmicas partindo sempre do prisma humano, coletivo e pragmático,  refletindo teorias que nos ajudam a entender e crescer, JSM, Tuckman, Cynefin, Agência, Dissonância Cognitiva, Institucional, entre outras, nada é por acaso e desconsiderar décadas de pesquisa significa ter que redescobrir a roda. Tivemos 25 pessoas inscritas para um treinamento que procura mostrar a Práxis, pois a gente sabe que na prática a teoria é outra.
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Agile Gamification – Jogos de trabalho

Eu e o Paulo Caroli imprimimos ao encerramento do primeiro dia do Seminário um misto de palestra com workshop, alternando pequenas lightning talks com mãos-na-massa, jogos que demonstravam os princípios do desenvolvimento de competências coletivas através de jogos de trabalho, na busca por aprendizado lúdico … aprender brincando, errar no jogo para acertar no trabalho (na vida).

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O jogo dos triângulos (auto-organização), o dos balões como tarefas diárias (transparência, inspeção, adaptação diárias), os esquis (sistemas empurrados x puxados, cadência),  balões como fluxo contínuo (interativo-incremental), foram cinco dinâmicas com muita interação, demonstrando o quanto podemos passar o recado através de jogos de diversas naturezas, para introduzir novos conceitos, para integrar e aproximar, para refletir e se posicionar, há dezenas deles, devemos usar de acordo com o momento ao final de cada ciclo.

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Project Model Canvas – Prof Finocchio

Project Model Canvas, uma metodologia de modelagem de projetos por José Finocchio. PMBOK aplicado em um mindset ágil para modelagem de projetos, com referências a frameworks Agile como BMC, Scrum e Poppendick. Me fez lembrar James Shore no Agile Brazil do ano passado, pois tem a ver com fluência, se você é GP e nem você, sua equipe ou organização veem como opção a agilidade, eis uma oportunidade de entrar em seus princípios.

O Prof Finocchio deu um show multimídia, com áudio, vídeo, carísma, destacou interação, colaboração, uso de recursos visuais, ambiente descontraído (tinha até puffs), cadência, foco em valor, transparência, tudo de bom ver uma platéia  de PMP`s achando tudo isso muito legal \o/ acabou com hard rock, Iron Man do Black Sabath … saíram todos energizados e cheio de idéias.

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Scrum e PMBOK, Unidos no gerêncimento de projetos

Finalmente, Fábio Cruz com os cases práticos de contratos que exigem artefatos do PMBOK, cronograma, status report, declaração de escopo, etc, um livro que relata a experiência em empresas que trabalham com equipes Scrum e que precisou criar uma camada ao redor do time onde um GP extrai as informações e encaminha ao cliente, casos típicos de governo, grandes empresas, algumas multinacionais.

Exigências contratuais não podem impedir o uso de Agile, a solução não pode ser abandonar SCrum, pois como disse James Shore em sua palestra do ano passado no Agile Brazil em um modelo de fluência (maturidade), cada empresa deve perceber até onde pode ir nos princípios e métodos e aproveitar esta evolução para mostrar seus benefícios, não é tudo ou nada.

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2 comentários

  1. [abre comentário avulso] Lendo este post lembrei de uma faxina que fiz no meu Evernote nas últimas semanas. Lá encontrei vários artigos antigos deste blog que ainda faço questão de mantê-los, pois são verdadeiras aulas.

    É incrível como plataforma de apresentação e quantidade de palavras não definem a qualidade do ensino. Muitas vezes o que deveria ser ensinado e estimulado em uma instituição voltada para o assunto, não é. E é em locais despretensiosos como este que adquirimos o verdadeiro conhecimento de que precisamos.

    Ó santo dos universitários, colabora aê! Até quando vamos continuar assim!? Menos atenção para os Rankings Universitários, mais atenção para o aluno.

    P.S.: estou cursando uma disciplina de plano de negócios onde a única e mais avançada metodologia utilizada é um modelo de plano de negócios do Sebrae do início dos anos 2000;
    P.S.2: estamos construindo um pet shop. [fecha comentário avulso/]

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    1. É verdade, são séculos de educação e cultura conteudista, o que importa é cumprir a meta seguindo os passos que alguém falou que eram os corretos a serem seguidos, como se todos fossemos robôs e o mundo não fosse complexo (cynefin), o construtivismo nos remete as escolas da antiga Grécia, Sócrates, Aristóteles, Platão, a maiêutica dizia que o conhecimento esta dentro de cada um, não deve lá ser colocado pronto, devemos querer e trabalhar para pari-lo, cada vez temos menos filósofos em contraste a milhões que buscam soluções simples, uma resposta fácil, um comprimido ou frase que resolva seus dilemas … nós não temos que evoluir, apenas temos que voltar a ser nós mesmos, filosoficamente falando 🙂
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