Em sala de aula eu tenho usado uma matriz de 5×2 para planejar produtos inovadores, instigando MVP, MMP e até três releases. Orientados por uma abordagem de Small Project Philosophy, busco ter um horizonte de alguns meses, afinal, via de regra mais que isso é desperdício, vai acabar mudando.
Tenho encurtado o volume de debates improdutivos e projeções desacopladas da estratégia de produto e negócio. Uma visão holística, casando Agile, Lean Startup, Evidence Based e GoTo Market, sempre justificando a priorização versus objetivos, benefícios, métricas, plano de ações básico.
Holismo, segundo a metafísica de Aristóteles, as propriedades de um sistema não podem ser explicadas apenas pela soma dos seus componentes, porque é o sistema geral que determina como se comportam as partes.
É essencial compreendermos a visão de negócio, as personas e jornadas envolvidas, para a partir delas extrairmos as histórias, features ou épicos para construí-la. Até aqui busco co-criar uma visão de curto prazo – MVP, MMP e 3 releases ou fases.
A partir do momento que iniciamos o planejamento, trabalhamos o faseamento, distribuindo conjuntos de features nas fases 3, 4 e 5, de forma que as duas primeiras sejam referentes a MVP (1) e MMP (2), que podem ou não existir, eles são incitados, não exigidos.

A medida que as features são movimentadas para a matriz de planejamento, iniciamos ao mesmo tempo a discutir estratégia, objetivos, metas, métricas e ações, go to market e growth hacking. Ao utilizarmos esta abordagem, incentivamos o MVP, o MMP e as releases ficam mais claras.
Na prática, assim como faço em desenho de jornadas, inspirado nas técnicas de service blueprint, onde logo abaixo de um ítem há postits para enriquecimento de informações, conforme necessidade de informações disponíveis sobre cada feature ou épico.

No trabalho de ideação ao planejamento é comum fazer um UX Dojo, quando debatemos um pouco mais o entendimento das características de cada feature e seu valor. Um desenho simplificado no Miro, Figma, Framer ou mesmo em papel, depois digitalizado.
Discutimos e modelamos ao mesmo tempo o que, porque e para que, assim vamos alinhando a estratégia com o planejamento e a execução. A relevância desta abordagem é mitigar as priorizações sem embasamento tático e estratégico. Os resultados tem sido muito bons, os feedbacks também.
