Se você nunca ouviu falar de Hwang e em sua teoria de Rainforest, dá uma lida na web ou no meu resumo sobre este assunto antes de iniciar … vale a pena! 🙂
Organizações são como os ecossistemas dos parques tecnológicos de Hwang, devem haver trocas e equilíbrio biológico entre os mais variados organismos vivos que os compõem. A maior riqueza de um ecossistema não está no leão no topo da cadeia alimentar, mas na sustentabilidade da cadeia, sempre haverá carnívoros e herbívoros, a magia está no resultado, na harmonia do conjunto.
É na gestão do conhecimento, desenvolvimentos e mutualismos que se sustenta a evolução de um ecossistema. Modelos como os de Taylor, Fayol e Ford foram o estado da arte em sua época, mas há mais de 50 anos foram postos em xeque pela Toyota. Em meio a complexidade de nossos ecossistemas, o desequilíbrio acentuado já não é aceitável, todos perdem, mesmo os que aparentam ganhar!
RainForest ou BlackForest?
Ecossistema, sustentabilidade e melhoria contínua são os verdadeiros fatores de sucesso para o novo modelo mental que o mundo assiste se constituir em empresas inovadoras, resilientes, empreendedoras e sustentáveis. Um modelo fortalecido internamente e externamente por empresas que se tornaram em sonho de consumo de fornecedores, clientes, funcionários e mercado.
A construção de organizações do conhecimento, baseadas em profissionais com grande senso de pertença em um substrato de liberdade com responsabilidade atrai e retém talentos, capital intelectual usualmente desperdiçado. Muitas vezes mudar não exige uma revolução, basta o estabelecimento de métodos que transformem GigaWatts de energia estática e latente em energia corrente.
Uma opção é continuar insistindo em uma “BlackForest” lastreada em comando-controle, grandes predadores e uma pirâmide alimentar enganosa, geradora de individualismos, frustração, zonas de conforto e desperdício. A outra opção é a “RainForest”, aumentar a atração e retenção de talentos através de ambientes abertos, inovação, valores coletivos baseados na confiança e reciprocidade.
Que tipo de organismo é você e qual é o seu habitat?
Existe um mínimo de confiança, orgulho, parceria naquilo que você faz todos os dias? Você se sente motivado a se envolver com novos conhecimentos, nunca deixar de contribuir naquilo que você se acha capaz de fazê-lo? Você faz mais do mesmo a quanto tempo ou tem espaço para ser pró-ativo em fazer melhor?
Qual a sua relação com seu chefe, você consegue dizer o que pensa? O quanto você pode discordar e debater sobre ações que você acredita não serem o melhor para a empresa, para sua área, para seu projeto ou para sua carreira? Mas, o quanto tenta mudar, propõe, argumenta, o quanto faz acontecer?
Se você olhar para os lados, vê brilho nos olhos da galera? E nos seus? Se você olhar para você mesmo a três anos trás, o quanto você cresceu, melhorou e conseguiu mostrar que é capaz e merece ser valorizado? Os momentos de descontração (se eles existem) são para pensar em melhorias e futuro ou são para reclamar do passado e presente sem horizontes diferentes para futuro?
Comece por você
Você já construiu seu Business Canvas You? Está esperando o quê? Quais as personas ou clientes de você enquanto profissional, qual a empresa, negócio ou pessoa para quem você quer trabalhar? Vamos ver o que precisa mudar para chegar lá … qual o seu diferencial competitivo, sua proposta de valor, quais os canais e relacionamento com o mercado, sua meta de receita, seus recursos, parceiros e atividades-chave, além dos custos para fazer tudo isso acontecer.
Você desenvolveu recentemente sua dinâmica de “Achados e Perdidos“? Quem você era, o que sonhava, onde queria estar e onde chegou? Qual o gap, para mais ou menos, da sua última iteração? Se você é ágil no projeto de sua empresa, porque não é ágil para si mesmo? A vida é para ter ciclos iterativos-incrementais-articulados, estimando no início, monitorando sua evolução e fazendo uma retrospectiva no final de cada sprint.
Afinal, que tipo de organismo vivo é você e o quanto você está em seu verdadeiro habitat pessoal e profissional? O quanto está sendo protagonista da mudança que tanto almeja?