Uma das quebras de paradigma mais intensas que o Agile nos oferece é nos tirar da posição de tiradores de pedidos, ao mesmo tempo que nos coloca em posição de pesquisar, debater, desconstruir e reconstruir o entendimento do problema.
É preciso nos apropriarmos da causa e não do efeito, antes de planejar ou propôr. Uma quebra de paradigma, muitas vezes não queremos perder tempo, só sermos ouvidos, dizer o que queremos e esperar que alguém nos atenda … simples assim!
Aparentemente foi Uri Levine, cofundador do Waze e empreendedor em série, que cunhou a frase “Apaixone-se pelo problema, não pela solução!“, caso contrário, podemos criar uma boa solução que não resolve o problema.
Entender o desafio, sua causa, seu contexto, discutir alternativas, seguindo em ciclos curtos de execução e validação. Um passo-a-passo que desde o início é baseado em causa e efeito, na sua origem e depois a cada entrega … causa e efeito!
Se o desafio for contribuir em um momento de transformação de diferentes áreas, o primeiro passo é “entrarmos para o time”. É preciso olho-no-olho e discutir quem “somos”, história, o que “fazemos”, os envolvidos, mapeando cenários atuais e futuros.
Para saber como podemos ajudar, o primeiro passo sempre é uma reunião prévia, composto por um storytelling e um bom debate, co-criado, a esquerda um mapa mental que “conta” a sua história, a direita mapas das áreas, informações atuais e sonhos.
Hoje iniciou mais uma interação, ali começamos a compreender um pouco melhor o contexto, as pessoas, os times, o que as trouxe até ali, forças e oportunidades. Compreender a demanda em sua causa e efeito, para depois construir alternativas.
Mapas mentais tem esta fortaleza, assim que começamos a conversar vamos mapeando, seguindo o seu próprio ritmo. Este primeiro contato e mapeamento nos oferece uma riqueza de informações para qualquer que seja o passo seguinte.
Diferentes abordagens sobre causa e efeito
Peter Drucker afirmou que “eficiência é fazer as coisas de maneira correta, eficácia são as coisas certas a fazer. O resultado depende de fazer certo as coisas certas”
Cristopher Argyris na teoria da ação e no aprendizado organizacional destacou o single ou double loop. O single loop é quando seguimos o que foi estabelecido, no double nos apropriamos e questionamos as suas variáveis – Compreender o efeito ou a causa?
Na maiêutica socrática, é preciso fazer perguntas sucessivas, gerar uma interação perspicaz, perguntas que nos levem gradualmente a compreensão. Assim, construímos juntos o entendimento ao invés de aceitar uma interpretação individual.
Há variadas técnicas que podem contribuir muito na compreensão inicial de algo, como a matriz CSD, a técnica de 5w2h, os cinco porquês de Sakichi Toyoda, o diagrama de Kaoro Ishikawa conhecido como espinha de peixe, …
Professor muito bom o artigo, faz me lembrar o diagrama de Ishikawa ou como conhecido no popules, espinha de peixe para trabalhar as causas de um problema oriundas de várias causas, a humana, dos processos, dos equipamentos,e meio ambiente. Para também, analisar a resolução de um problema. Aqui no ocidente, a chamada Total Quality Management, embora no Oriente esta questão, sempre foi tratada como analise de resolução de problema. Tive a oportunidade de participar em curso no Japão, bolsa AOTS, com o professor Sazaki, ilustrava claramente as questões relacionadas com a analise de resolução de problemas e não o seu efeito.
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Oi, capaz, Parabéns!
Muitos dos nomes que citamos no Lean não necessariamente estavam envolvidos com a Toyota, no pós-guerra, mas sim com o programa de qualidade japonês, que teve apoio dos Americanos e Europeus … Que privilégio isso, minha filha esteve visitando o Japão em 2018.
Certa vez dei um treinamento para uma das grandes montadoras japonesas em SP e a todo momento eu sentia uma sensação diferente ao citar Ohno, Toyoda, Nonaka, Takeushi, Konno, … parecia que estava ensinando a missa pro padre :o)
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