Estive viajando para compartilhar princípios e práxis Agile em uma unidade industrial de uma multinacional gaúcha e brasileira, onde a transformação ágil e digital é fundida aos objetivos de indústria 4.0, ciente disto, dei uma estudada e inclui algumas provocações pertinentes.
Indústria tem relação a produzir coisas reais, materiais, muitas delas imprescindíveis a vida e bem-estar de todos no planeta, representando mais de 70% do comércio global. Processos de produção, direta ou indiretamente, contratam centenas de milhões de pessoas pelo mundo.
Os números acima indicam as dimensões do contexto, riscos e oportunidade ao focarmos nossa atenção na indústria, em seus processos e em seus resultados, tanto para a vida de seus colaboradores como para toda a população mundial.
A Alemanha, reconhecida pelas iniciativas verdes em suas cidades, indústrias, produtos e serviços, trabalhou durante dois anos em parceria com algumas de duas maiores universidades e empresas para em 2014 divulgar sua “Industrie 4.0: Smart manufacturing for the future”.
Sempre na vanguarda, nos anos seguintes os alemães, responsáveis e pioneiros nas primeiras legislações verdes para cidades e habitações sustentáveis, tomam a frente para falar sobre a necessidade desta evolução ser tecnológica e social para indústria e empresas.
No centro da discussão pela indústria 4.0 estão os sistemas cyber-físicos (CPS), que permite a crescente digitalização dos processos da indústria de transformação, gerando direta ou indiretamente soluções que fomentam amplamente a internet das coisas, dados e serviços.
Clique em Siemens_Grafik para ver um pdf A3 da 4.0 pela Siemens.
Segundo a wikipedia – Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial é uma expressão que engloba tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas cyber-físicos (CPS), Internet das Coisas e Computação em Nuvem. Facilita a visão e execução de Fábricas Inteligentes com estruturas modulares, sistemas CPS monitoram e criam uma cópia virtual do mundo físico, tomando decisões descentralizadas. Com a internet das coisas (IoT), os sistemas CPS comunicam e cooperam entre si e com os humanos em tempo real, e através da computação em nuvem estes serviços são oferecidos e utilizados pelos participantes da cadeia de valor.”
Vale a pena ficar ligado, além de fascinante, terá impacto direto na nossa vida e no planeta. A seguir alguns princípios:
- Interoperabilidade: Trata-se da interação e conexão entre humanos e sistemas CPS em fábricas inteligentes;
- Virtualização: Sensores interconectados interagem com uma estrutura virtual da própria fábrica contando com modelos digitais;
- Descentralização: Árvores de decisão e machine learning agilizarão processos e racionalizarão recursos e resultados;
- Capacidade em Tempo-Real: Alto poder de armazenamento e processamento distribuído para análises em tempo real;
- Orientação a Serviço: O uso de modelos em nuvem para oferecimento e consumo de serviços.
- Modularidade: Permitir escalar sua adaptação a demanda, diminuindo ou crescendo de forma autônoma e exponencial.
Desde seu lançamento vem se intensificando a óbvia relevância de aspectos explícitos relacionados a racionalização de recursos e energia, impacto e responsabilidade social, tanto quanto ecológico … é a indústria do século XXI, cada vez mais conectada e responsável!
Dezenas de novas carreiras surgirão a cada passo e evolução tecnológica, pois estas soluções exigirão muito mais do que temos hoje.