O termo “graphic facilitation” tem mais a ver com ilustração que com facilitação, usualmente é um mapa visual ilustrado, feito para relatar o essencial daquilo que foi dito ou que aconteceu. Neste post vou compartilhar alguns conceitos, exemplos, como buscar por banco de imagens para treinar o básico e dois vídeos muito ilustrativos sobre os fundamentos destas técnicas.
Facilitação é a ação de ajudar um grupo a performar uma reunião ou dinâmica o melhor possível, atingindo ou superando seus objetivos;
Facilitação visual é o uso extensivo de um quadro branco ou mural, físico ou virtual, materializando o que vai sendo discutido e decidido;
Facilitação gráfica é um desenho que resume de forma assertiva a história de um conteúdo ou assunto tratado.
Conforme grandes nomes desta arte, todos nós, qualquer um, mesmo não talentosos, somos capazes de criar representações gráficas a contento … desde que desapeguemos de crenças limitantes que nos restringem. Como no ditado, uma imagem vale por mil palavras, seguindo este pressuposto, uma diagramação com muito pouco texto e explicações, mesclando imagens e keywords, explica de forma assertiva a essência de uma palestra, evento, reunião ou debate.
Eu tenho uma filha ilustradora, por isso tenho desde 2012 ao iniciar o blog vários posts e cursos com storytellings que me utilizo de ilustrações dela, relatando partes significativas ou mesmo as divertidas do conteúdo. No MIRO tenho usado muuuuito o IconFinder para ilustrar, qualquer palavra em inglês ele lista ícones muito bons, é uma forma de descontrair e chamar a atenção para elementos essenciais do tema:
Aos poucos foi-se estabelecendo alguns padrões para a facilitação gráfica, de forma que diferentes ilustradores acabam por seguir um estilo semelhante. Como exemplo, compartilho o portfólio da Drawing Impact, que possui dezenas de cases sobre os mais diferentes temas – https://www.drawingimpact.com/graphic-facilitation-portfolio.html.
Por onde começar? Comece pelo começo, escolha um tema que domina, talvez uma apresentação ou slideshare, e exercite. Faça diferentes sketchnotes, para tanto, tenha murais de ícones para sketchnotes a mão, no início copie se preferir, mas faça vários, diferentes versões. Após fazer vários, compará-los, compartilhar com colegas ou amigos, sugiro as redes sociais, assim receberá feedbacks e divulgará seu empenho, crescimento e também a técnica. Caso seja para uso no trabalho, convide e faça um grupo de estudos, isto acelerará o seu desenvolvimento.
Se buscar também por Sketch Notes no Google, existe muito material e bancos de imagens, páginas variadas e vídeos que ensinam ou orientam quão simples pode ser para qualquer pessoa. Alguns possuem o dom ou o treino, outros precisam desenvolver aos poucos a técnica, como em:
https://sketchability.nz/sketch-notes/
https://www.weareteachers.com/use-sketchnotes-in-the-classroom/
https://www.teachthought.com/literacy/10-brilliant-examples-of-sketch-notes-notaking-for-the-21st-century/
https://www.pinterest.com/njao01/sketchnote-icons/
https://www.pinterest.com/thandaotrungngu/sketchnote/
https://www.pinterest.com/njao01/sketchnote-icons/
https://www.pinterest.com/kuerbo/sketchnoting/
Uma boa fonte, matadora para inspirar-se são ferramentas como as abaixo, que provêm um volume absurdo de bons gifs e ícones. O Iconfinder é a solução embutida no Miro como recurso para inserção de milhares de imagens simplificadas que geram um bom efeito para ilustrar ou gerar um senso de identidade.
No início, aliado a vontade de desenvolver-se como um facilitador gráfico, é fundamental ter boas bibliotecas e repositórios de imagens para se inspirar. É como escrever, os melhores autores provavelmente são aqueles que liam muito, isto lhe dá repertório, vocabulário, uma memória que lhe provê opções e significado.
Aprendemos a escrever escrevendo, aprendemos a desenhar desenhando, no começo pode não ficar grande coisa, mas aliado ou não a talento e aptidão, acrescemos técnica e memória visual daquilo que vimos, gostamos e repetimos. É como o padrão vigente na facilitação gráfica, resultado de muito mimetismo.
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