Se você é de TI, principalmente se for de desenvolvimento, há frameworks e modelos seguidos por milhares de empresas, centenas de livros, especialistas, mas por onde começar se você é de uma área sem tanta bibliografia e atenção? Na minha opinião, um canvas de auto-conhecimento é um bom ponto de partida, para uma espécie de 5W2H da sua área, equipe ou projeto – hoje e futuro!
Um exemplo de ferramenta são facilitações que fiz em 2017 com equipes de eventos, cursos, comunidade, geração de conteúdo, onde usei para inicio de trabalho sobre cada uma o “Role Model Canvas” do Christian Botta. Dei uma simplificada, adaptando a necessidade, privilegiando mais espaço e foco nas jornadas de trabalho, mas iniciando pelo mapeamento de missão, ferramentas, comunicação e restrições:
Pesquisando outras formas de analisar área, equipe ou papel, encontrei um canvas que já entrou para a minha toolbox. Enquanto lia já visualizei a mecânica de uma discussão para chegarmos às oportunidades de mudanças que queremos. Tenho certeza que vou mexer na estrutura, mas aqui compartilho o original … mais adiante, assim que usar, compartilharei a minha reinterpretação, ok.
Design Ops Canvas – Um modelo colaborativo, focando em um papel ou área, sua liderança, clientes e fornecedores, buscando uma visão 360° dela. Ainda não usei, antecipo porque vou tirar férias e gostei demais, talvez até para uma reflexão de final de ano, útil a quem procura um trabalho diferenciado com sua equipe ou área nesta virada de ano … achei um pouco pesado, mas é simplifique conforme o foco desejado.
O preenchimento é da esquerda para a direita, de cima para baixo, no original sugere iniciar pela identificação das pessoas ou personas no circulo central, mas eu acho melhor iniciar por “O que fazemos?”, afinal, a área, equipe ou papel já existiam ou existirão independente das pessoas que ali estão neste momento …
1. O que fazemos? Qual é o nome da nossa área, o que geramos de valor, como trabalhamos, com que ferramental;
2. Quem nós somos? Quem são nossos integrantes, nossos stakeholders, parceiros, que tipo de suporte necessitamos deles e vice-versa;
3. Como nos comunicamos? Interna e externamente, como geramos, compartilhamos e crescemos em informação, conhecimento e expertise;
4. Quais são nossas restrições? Como gerenciamos premissas, restrições e riscos, técnicas, tática, contingenciamento;
5. Como estamos estruturados? Aqui entra pegado mindset, auto-organização e controles, padrões, políticas e alçada;
6. Gestão? Missão, metas, cobranças, estrutura organizacional, responsabilidades e hierarquia;
7. Extras? Informações pertinentes que reconhecemos como relevantes para o nosso objetivo neste mapeamento;
Com certeza pode ser usado como um warm-up ao iniciar uma discussão sobre si mesmo, enquanto equipe, área ou projeto. O autor sugere que encontremos oportunidades no uso de cores dos postits, quer por papel ou nos pontos de atenção. É possível com certeza usar cores ou postits diferentes para indicar o AS IS e o TO BE. O original está nos links abaixo: